Fabricado em Israel, o Vant começou a ser testado na fronteira em setembro do ano passado com resultados satisfatórios. Porém, para prosseguir o trabalho, a PF depende de autorizações periódicas da Força Aérea Brasileira (FAB). A última liberação expirou em dezembro. A PF aguarda um novo aval para retomar as operações ainda este mês. A base do Vant, em São Miguel do Iguaçu, é vigiada diuturnamente por policiais federais e agentes da Força Nacional de Segurança. A PF argumenta que a demora na liberação da autorização, que é um plano operacional, deve-se ao ineditismo do projeto que envolve o uso do Vant na fronteira. Pela primeira vez no mundo uma aeronave não-tripulada é usada para fins de segurança pública, diz o delegado e coordenador geral do Centro Integrado de Inteligência Policial (Cintepol) da PF, Disney Rosseti. Até então, o avião, empregado por vários países, era operado apenas com objetivos militares. “Estão sendo construídas doutrinas, regulamentações, é a primeira vez que se utiliza um controle misto. Tem que demorar o tempo que for necessário para a coisa estar muito segura”, afirma o delegado. O avião, controlado por militares, ao mesmo tempo está sujeito às regras da aviação civil, explica Rosseti. Por isso, o plano precisa ser submetido à FAB e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nos primeiros testes feitos com o Vant na fronteira foi preciso fechar o espaço aéreo, em uma pequena área próxima à base, algo que não será mais necessário a partir do novo plano de operações a ser expedido. O raio de ação do avião também extrapolará o Paraná, na rota da região fronteiriça. Primeiras operações As primeiras missões da PF feitas com o Vant na fronteira totalizaram 206 horas de voos. Na época, foram registradas apreensões diárias de contrabando e drogas. O foco da missão foi a interceptação de transporte de entorpecentes e mercadorias trazidas ilegalmente do Paraguai. A aeronave começou a operar dois anos e meio depois de ser apresentada pelo governo federal como alternativa para patrulhar a fronteira. É considerada ferramenta de última geração para combater o tráfico e o contrabando, captando imagens nítidas – em fotos e vídeos – noturnas e diurnas de uma altitude de 30 mil pés (10 km). A expectativa da PF é receber, ainda este ano, uma segunda unidade do Vant para ser usada em outras regiões do país. Autorização passa pelo Cindacta A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que as autorizações para operações com o Vant são disciplinadas pela Circular de Informação Aeronáutica (AIC) 21/2010 emitida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Comando da Aeronáutica. O documento prevê que as solicitações sejam feitas com 15 dias de antecedência ao órgão de controle do espaço aéreo da região. No Paraná, a responsabilidade é do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo Dois (Cindacta II). O tempo para elaboração do plano depende do operador do Vant, diz a FAB. No documento é necessário constar características físicas e operacionais da aeronave, capacidade de comunicação com órgãos de Controle do Tráfego Aéreo, tipo da operação pretendida – incluindo localização dos voos, rotas e altitudes – procedimento a ser adotado em caso de falta de link, entre outras questões. (GP)
domingo, 11 de março de 2012
Avião espião está parado na fronteira há um mês
domingo, março 11, 2012
Molina com muita prosa & muitos versos
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