O chefe do Estado-Maior de Israel, Beny Gantz, ordenou à Marinha do país abordar as duas embarcações que se dirigem à faixa de Gaza na tentativa de romper o bloqueio imposto pelo Estado judaico ao território, após terem ignorado os pedidos para mudar seu rumo.
Mais cedo, os organizadores da viagem divulgaram em uma rede social que os navios, um canadense e outro irlandês, estavam a mais de cem quilômetros da faixa de Gaza, onde devem chegar esta tarde se não forem impedidos pela Marinha israelense.
O Exército israelense está se preparando há dias para impedir a chegada dos navios a Gaza, que partiram em segredo para evitar pressões semelhantes às registradas na última tentativa de uma pequena frota para furar o bloqueio.
O Movimento Internacional de Solidariedade à Palestina divulgou em comunicado que ativistas internacionais e palestinos organizaram um ato de recepção no porto da capital da faixa de Gaza.
Esta é a 11ª tentativa de romper por mar o bloqueio de Israel a Gaza. O bloqueio foi imposto em 2006, reforçado um ano depois e aliviado há cerca de um ano e meio, por causa de pressões internacionais após um ataque militar israelense que matou nove ativistas turcos.
O organizador do navio canadense, Ihab Lotayef, insistiu na necessidade desta nova iniciativa porque os habitantes da faixa de Gaza "querem solidariedade e não caridade", e "apesar da ajuda humanitária ser útil, eles ainda são prisioneiros sem liberdade de movimentos".
Huwaida Arraf, outra participante, explicou que a campanha, batizada de "Freedom Waves to Gaza" (Ondas de Liberdade a Gaza), enviará outras expedições marítimas nos próximos meses. (Efe)
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