quinta-feira, 3 de março de 2011

Londrina: IAP veta resíduos no Aterro do Limoeiro

Instituto Ambiental do Paraná (IAP) proibiu ontem a Prefeitura de Londrina de continuar enterrando resíduos no aterro do Limoeiro (zona sul), fechado no ano passado. O órgão determinou que a Prefeitura remova toneladas de resíduos do local.

Na semana passada, o JL flagrou funcionários da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) em práticas vetadas pelo órgão ambiental estadual. Na oportunidade, pneus, resíduos recicláveis da coleta seletiva e materiais misturados, inclusive pneus, eram aterrados como lixo comum. Os resíduos são provenientes dos mutirões de limpeza de combate à dengue.

Após o alerta da reportagem, um funcionário da CMTU responsável pela gerência de resíduos tentou se justificar – mas as desculpas foram repelidas pelo IAP. O prefeito Barbosa Neto também negou manejos ilegais de resíduos na área.

Em vistoria no aterro, na manhã de ontem, o chefe regional do IAP confirmou ter presenciado e fotografado grande quantidade de resíduos que não poderiam ser enterrados, em afronta à licença 30.230, expedida pelo próprio órgão. “O local estava se transformando novamente em um lixão. Acho que as condicionantes não foram atendidas de acordo com a autorização concedida”, afirmou Andrew Pinheiro Neto.

Segundo o chefe do IAP, a Prefeitura terá que separar os materiais reaproveitáveis e está proibida de enterrar até rejeitos – composto por sobras impossíveis de reciclar – no local. O órgão deu prazo até a semana que vem para que a Companhia Municipal de Transito e Urbanização (CMTU) entregue um relatório sobre as condições do aterro fechado e as operações realizadas na área. “Queremos saber o porquê de as condicionantes não terem sido atendidas. O que encontramos lá já seria passível de autuação. Primeiro, vamos resolver o problema e depois passar para essa fase”, explicou o chefe regional.

O presidente da CMTU, André Nadai, confirmou que resíduos recicláveis e pneus eram levados para o aterro do Limoeiro, mas negou que fossem enterrados à revelia da licença ambiental do IAP. Segundo ele, a Prefeitura respeitou a licença para fazer uma área de transbordo e triagem no local, para onde os resíduos seguiriam depois de separados.

Nadai qualificou a situação como “tranquila” mesmo após a inspeção do IAP no Limoeiro. “Não foi feito aterro com resíduos proibidos”, afirmou o presidente da CMTU. “Pode ter sido apenas uma situação, um caso”, respondeu, sobre o flagrante feito pelo JL de um trator triturando resíduos que deveriam ir para a reciclagem. “De qualquer forma, se aconteceu, foi errado.”(JL)

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