Há nas alcovas da Brasília desvairada notícias de um bacanal a vinte mãos. Os espertos da corte preparam o maior golpe político da história, golpe que nem os militares, desde a época de Deodoro, nem o Estado Novo do professor Francisco Campos ousaram sequer imaginar.
Sabe o que? Já está apalavrada entre os donos dos partidos (gregos e troianos) a emasculação do voto, única ilusão de que estamos numa democracia. Não vai demorar muito, estarão votando uma “reforma política” ao gosto dos cabecilhas de todos os valhacoutos.
Com ela, nos privarão de votar em nossos candidatos ao parlamento. O voto será no partido, cuja cúpula fará uma fila interna ao sabor de suas conveniências. Será considerado eleito quem estiver na cabeça da lista partidária, tenha sido sufragado ou não.
Assim, desaparecerá a última possibilidade de se eleger alguém com liberdade e pensamento crítico. O compadrio servirá para afortunar os chefes dos picaretas e ao povo só restará esperar em Deus respostas para suas desventuras.
Porque, no fundo, no fundo, o país dos faraós e das múmias é aqui.
Fonte: Blog Porfírio livre
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
O golpe do voto em lista é uma bala na ponta da agulha
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
Molina com muita prosa & muitos versos
1 comentários :
Na Argentina, o sistema de lista completa é também -em Buenos Aires- Distrital (por seções eleitorais)
Alguns partidos políticos como Partido Justicialista (Peronista) utilizam-se do expediente de preencher as vagas proporcionalmente, correspondendo 25% a cada setor (Político, Gremial, Feminino e Juventude).
A lista é constituida mediante o sistema de eleição interna; sendo esta a parte mais difícil de uma eleição. Apresentam-se, comunmente, varias chapas, também de listas completas, e após o escrutinio, o Partido "forma" as chapas para a Eleição Geral.
Interessante que aqui surge uma segunda proporcionalidade -que o partido aplica- pois essa nova chapa sera construida obedecendo a proporcionalidade de 3 x 1. Ou seja, os três primeiros lugares para os vencedores, o quarto para a minoria ou segunda lista colocada na interna.
Ficando:
1. Político Maioria
2. Rama feminina Maioria
3. Juventude Maioria
4. Vaga da 1a. Minoria
5. Sindical Maioria
6. Político Maioria
7. Rama feminina Maioria
8. Vaga 1a. Minoria
9. Juventude Maioria etc.
Não me parece um mal sistema, se uma pessoa tem militância e consegue filiar muitas pessoas com certeza terá uma vaga.
Outra coisa interessante do Sistema Eleitoral Argentino é que grupos dissidentes podem criar chapas fora do Partido. Isto é, em alguns Estados, o Partido se aglutina e fazem outra chapa. Assim, por exemplo, na eleição do Kirchner (peronista) também concorreu a chapa do Menem (peronista) e do Rodriguez Saa (peronista) porém atenção, os votos não são somatórios, cada um é individual.
É um sistema complicado, porém bem interessante já que afasta as campanhas milionárias de alguns candidatos em detrimento de outros menos abastados.
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