sexta-feira, 5 de março de 2010

TRANSFORMAR A ESCOLA NO CENTRO DA VIDA COMUNITÁRIA



A Educação é o mais importante instrumento de transformação e desenvolvimento!


Um dos motivos do atraso político, econômico e social que o Brasil se encontra é a falta da prioridade pela educação e em especial a educação técnica a nível de segundo grau.

Hoje falta mão de obra qualificada para todos os segmentos profissionais, pois a escola não prepara o estudante para o universo do trabalho.

Os jovens que terminam o segundo grau, o que ainda não é uma maioria, não está minimamente preparado para a vida adulta que terá de enfrentar em um mundo aonde a especialização técnica é pré-requisito para o mercado de trabalho.

Qualquer anúncio de empregos pede experiência anterior ou no mínimo a qualificação técnica, o que a juventude não possui assim os mesmos acabam por ficar fora de qualquer perspectiva de inclusão enquanto trabalhador, o que da marginalização é um passo para a criminalidade.

A jovem mão de obra sem qualificação está sujeita tanto aos baixos salários, quando os tem, como a alta rotatividade dos empregos temporários pessimamente remunerados, o que lhes tiram qualquer perspectiva futura de planejarem as suas vidas e também constituírem as suas famílias, já que o salário, quando os tem, mal dá para o próprio sustento.

O atual sistema de educação não humaniza, pois matérias como a filosofia, psicologia, etc. foram tiradas das grades de currículos pela ditadura militar, pois eles não queriam que o pensamento crítico se desenvolvesse.

Do ponto de vista do primeiro grau hoje vemos alunos chegarem à oitava série sem ao menos saber ler ou escrever corretamente, pois não existe mais a reprovação, o que é um grande erro que mascara a falência do ensino, já que sem reprovados o péssimo preparo dos estudantes pelas instituições fica camuflado.

Hoje temos uma estrutura educacional que não prepara tecnicamente e não alfabetiza corretamente.

No passado ser professor era ter um emprego remunerado a altura da função, que é a de preparar os futuros adultos do Brasil, o que hoje deixou de ser prioridade, pois a educação e os professores enquanto partes centrais do sistema não recebem o respeito e o estímulo que tão importante setor merece.

Os professores deveriam ser periodicamente reciclados, mas não o são e por receberem salários baixos ficam impedidos de investirem na autoformação, já que os cursos, os livros, etc. são caros demais.

A função de educar não deve ser vista somente pelo prisma da responsabilidade do Estado, dos professores e dos alunos, mas sim como de toda a sociedade.

O envolvimento da sociedade é fundamental para interagir o sistema educacional ao desenvolvimento econômico e social para resgatar o Brasil das últimas colocações do ranking mundial da educação.

O Brasil é muito grande e complexo para que possamos tentar modificar de forma total a sua realidade pela nossa ação direta a nível nacional, mas pela ação no nosso município podemos colaborar e muito para que este quadro melhore aos poucos.

Temos de parar de olhar para fora em busca de culpados, não que eles não existam, pois as políticas nacionais e estaduais também interferem de forma direta na nossa realidade municipal, mas se não gerenciamos bem o orçamento do município como é que teremos moral para cobrar o gerenciamento do Estadual e do Federal?

Temos que dar exemplos e parar de lamuriar, pois dos mesmos, do fato de assumirmos a responsabilidades pelas nossas próprias vidas depende todo o nosso futuro e não vai ser os de fora que irão se compadecer com a nossa falta de políticas estratégicas de desenvolvimento econômico e social!

Temos que construir as políticas de implementação do orçamento participativo aonde em conjunto com a população organizada o poder público pautará as necessidades e as formas de pela racionalização dos custos concretizarem as soluções com excelência, pois temos de fazer um máximo tendo um mínimo.

Os Conselhos que garantam a participação organizada da população em assembléias de cunho deliberativo são essenciais para que as transformações ocorram, mas para isto ocorrer tem de ter a vontade política para radicalizar a ação democrática, que é o que não ocorre.

Sempre estivemos reféns de ações autoritárias impostas de cima para baixo, pois sempre nos trataram como incapacitados do ponto de vista do poder de decisão, o que não somos.
Queremos ver o povo participar diretamente nas decisões e fiscalizar diretamente as concorrências e licitações para o direito de que de aja transparência seja garantido como também convidaremos o Ministério Público para acompanhar estes processos.

As prestações de contas terão transparência via a publicação na internet e outros meios de comunicação, pois a contabilidade do município deve estar aberta a fiscalização por parte de todos.

As escolas terão a função de serem além do papel de centro educacional os pontos de integração e desenvolvimento da cidadania ao sediarem as ações dos Conselhos populares, pois não existe formação de cidadãos sem o exercício pleno da cidadania.

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