O portal do Passeio Público, de inspiração parisiense
Milton Alves
A campanha pela revitalização do Passeio Público, centenário parque localizado em pleno centro da cidade, é uma boa iniciativa. Intelectuais, artistas, ativistas culturais e a Gazeta do Povo animam a campanha. Uma boa e justa causa.
No entanto, como usuário do espaço, me preocupei com algumas opiniões manifestadas acerca do bom e velho Passeio. É necessário(e muito) revitalizar, mas isso não pode significar exclusão ou profilaxia social. Digo isso, em função de algumas opiniões que ligam a revitalização com a retirada de “putas” e “maloqueiros” do lugar. Ou seja, o parque precisa se livrar dos frequentadores indesejáveis. Um viés preconceituoso e excludente pontua esse racíocinio.
Na verdade, o debate sobre a questão deve levar em consideração um projeto mais estrutural de revitalização da região central e do seu patrimônio histórico. Uma promessa de diversas gestões e também encampada pelo atual prefeito, Gustavo Fruet.
Na gestão do prefeito Luciano Ducci foram realizadas obras e reformas no parque: asfaltamento novo da “pista de cooper”, novos viveiros para os animais, a sinalização do parque, a academia ao ar livre. Porém, não existiu uma política efetiva de ocupação com atividades e serviços para a população. Uma iniciativa que vingou foi a feira de orgânicos realizada nos sábados. E só, a coisa parou por aí. Muito de vez em quando, um palco com algum grupo musical surgia e a população local correspondia com boa audiência. Até agora a coisa funcionou assim…
Com uma nova gestão na prefeitura, e o impulso de uma campanha, é posssível a realização de uma efetiva política de ocupação cultural, esportiva e cidadã do nosso “central park”. Há espaços para todos. As praticantes do ofício mais antigo do mundo já são parte integrante da paisagem do lugar.
Vamos valorizar e cuidar do Passeio Público, sem excluir ninguém. Afinal, o sol nasceu para todos.
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