No senado, em um discurso destemperado e cheio de contradições, o ex-governador Requião, aquele que diz em seus pronunciamentos narcisistas o "seu governo foi o melhor da galáxia", mostra a fragilidade e incoerências tanto sobre o que fez como sobre o que disse enquanto governante.
“E eu mantive essa isenção para não criar uma confusão internacional. Aquela história de perseguir multinacionais, que acompanhou o meu governo inteiro, não tem nenhuma razão. Não persegui multinacionais.”
“Logo, o que foi apresentado como novidade nesse encontro do senhorzinho Ghosn com o governadozinho Beto Richa foi um protocolo assinado pelo atual governador e pelo Sr. Ghosn, no dia 5 de outubro. Protocolo que não é nada mais que um acordo elaborado em meu governo.”
O Requião em vez de elogia o atual governador por este ter mantido o acordo de intenções junto a montadora, que diz ser feito de seu governo – cadê a impessoalidade no trato da coisa pública? -, ele, poço de contradições, prefere atacar com irracionais diminutivos, que se diminuem a alguém é só a ele, o Roberto Requião. Ou o acordo (protocolo), que ele diz ser seu, não é bom para o Paraná?
Tresloucado, o ex-governador não se deu por satisfeito e continuou surtando ao citar um trecho que diz ser parte do acordo de “seu” governo feito com a montadora francesa:
“Não há qualquer motivo de queixa por parte da Renault durante o período em que Requião governou o Paraná.”
” Meu Deus, até onde vão a arrogância, a prepotência e as falácias desses pretensos senhores coloniais e até onde chega a submissão de governantes que se curvam, que se submetem?”
Se a relação da empresa com o estado é tão ruim porque ele manteve as políticas de isenção oferecidas pelo governo anterior ao seu? Ou será que seu discurso mais uma vez é apenas mais um exercício de retórica?
O senhorzinho Ghosn, da Renault é um atrevido, mas vou requerer que ele venha à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado da República, para, não na minha ausência, mas na minha frente, explicar ao Senado que maus-tratos afinal o meu governo no Paraná infligiu à montadora francesa. Quero ouvi-lo, olhos nos olhos. É muito importante que os Srs. Senadores tomem conhecimento, afinal, dessa inusitada perseguição que uma multinacional francesa sofreu no Paraná.”
Será que o Requião foi subserviente aos interesses da empresa ou fez o que tinha de fazer para manter aqui, mas não assume?
Olhem o tamanho do ego que transformou as ações de estado em coisa particular, pessoal:
“Lembro, ainda, que, durante uma visita minha à França, o Presidente da Renault, que abriu uma reunião entre empresários brasileiros e empresários franceses, organizada pela nossa Embaixada, se referindo a mim, me considerou o melhor governador com o qual a Renault já tinha negociado e convivido no Brasil e no mundo.”
Mais contradições: “Agora, puxando o saco do governador atual, para estabelecer protocolos que eu não conheço, mas quero conhecer, e por isso quero que venha ao Senado explicar de que assuntos trataram, que protocolos assinaram, que compromissos o Paraná assumiu com uma montadora francesa”. Antes, em neste mesmo discurso ele afirmou que os atuais protocolos são “meras cópias” dos acordos feitos pelo seu governo com a Renault, mas agora afirma os desconhecer? Onde está a seriedade e a coerência no discurso do Requião? Dá para levar o senador a sério?
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