quarta-feira, 6 de abril de 2011

BIPOLARIDADE POLÍTICA DESCREDENCIA O REQUIÃO. PARA ELE EM UM DIA A SENADORA GLEISI É "A MUSA DO SENADO" E NO OUTRO A "RAINHA DO MERCADO"

O senador Roberto Requião(PMDB) esta apresentando quadro bipolar em suas analises. Um dia comentou em seu twitter que a senador Gleisi Hoffmann(PT) é "a musa do senado" e noutro diz que ela é "a rainha na defesa do mercado", segmento este que ele tanto finge que abomina. Não podemos esquecer do lobby que ele fez para facilitar a nada ecológica e anti nacional importação de pneus usados, o que para os interesses econômicos e ambientais do imperialismo foi de total agrado. O artigo 225 da Constituição Federal, assegura a todos o direito de um meio ambiente ecologicamente equilibrado e impõe ao poder público e à sociedade o dever de preservá-lo.

A importação de pneus usados representa um aumento efetivo de passivo ambiental, uma vez que cada pneu usado e/ou remoldado passa a ter metade de vida útil de um pneu novo. No momento em que importamos produtos já descartados estamos na realidade arcando com o ônus de ter que resolver um problema ambiental de disposição final para os países exportadores. A importação desses pneus significava mais um obstáculo ao cumprimento da implementação da Convenção de Estocolmo, ratificada pelo Brasil em 2004, e que cuida da eliminação dos Poluentes Orgânicos Persistentes, já que com a importação deste lixo o Brasil estaria aumentando, no lugar de diminuir, suas emissões.
Aqui no Brasil são descartados cerca de 40 milhões de pneus por ano sem que tenham destinação ecologicamente adequada e com certeza não necessitávamos importar mais.

Nenhuma das soluções até hoje aqui adotadas para a destinação dos pneus protege integralmente a saúde humana e o meio ambiente. Entre as várias formas de destinação final de uso para o descarte podemos citar como sendo a principal a destruição térmica via o co-processamento em fornos de cimento e cal, mas este processo de destruição dos pneus libera na atmosfera substâncias altamente tóxicas como as dioxinas e furanos, além de metais pesados (como mercúrio, zinco, cádmio), benzeno e outros compostos poluentes orgânicos persistentes.

Como o Brasil, os países da Comunidade Européia, Estados Unidos e Japão, que são hoje os maiores produtores de pneus usados, também têm dificuldades no manejo adequado destes resíduos. A “solução ambientalmente adequada” encontrada por estes países foi a transferência do problema para as nações em desenvolvimento, aqui no caso o Brasil, sob o pretexto de exportação para reutilização e remoldagem.

O importador de lixo ganha nas duas pontas, pois é remunerado por tirar o problema ambiental do local de origem (EUA, UE, etc.), como aqui ao fornecer o mesmo como combústivel para segmentos industriais (fornos), como na reciclagem pela remoldagem, etc..

No nosso país somente 10 % das 300 mil toneladas de pneus usados disponíveis são de fato recicladas para obtenção de borracha regenerada, segundo dados da empresa Relastomer. Em 1990 a geração per capita foi de 1,25. Atualmente, 65,5%, ou seja, 180 milhões de pneus velhos estão em aterros sanitários e 2 a 3 bilhões estão em estoques á céu aberto.

Um dos empresários que na época foram beneficiados com a importação de lixo (pneus)hoje é no Senado um dos suplentes do Requião!

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