Chernobyl
Técnicos e engenheiro estão empenhados em impedir o superaquecimento das barras de combustível em dois reatores nucleares na usina de Fukushima, danificados pelo terremoto dessa sexta-feira. O esforço acontece depois que o governo deu autorização para o vazamento controlado de radiação com o objetivo de aliviar a pressão dentro do reator. Apesar do risco de contaminação nuclear, especialistas comparam o que aconteceu com a usina japonesa e a usina de Chernobyl, Ucrânia, onde ocorreu o pior acidente nuclear da história. Para eles, o sistema nuclear japonês está estruturado em bases muito mais seguras que as de Chernobyl, mas as informações confirmadas pelo porta voz do governo japonês, Yukio Edano, neste domingo, mostram que o risco existe. Segundo ele, é possível que "derretimentos parciais" tenham acontecido e que os funcionários que tentam conter os vazamentos corram sério risco de serem contaminados com radiação.
Segurança - "Em Chernobyl, o reator atingiu um nível de energia muito grande, não havia um compartimento de segurança nem tempo suficiente para evacuar as pessoas", compara Marco Ricotti, especialista em usinas nucleares e professor do Instituto Politécnico de Milão. "Em Fukushima, o reator foi desligado, há um compartimento de segurança e tempo suficiente para retirar a população em volta da região.
Oficiais japoneses disseram que o prédio onde está um dos reatores corre risco de explodir depois que o telhado foi destruído no terremoto. O receio é de que se as barras de combustível não resfriarem, elas possam derreter o compartimento que abriga o núcleo do reator, ou até explodir, lançando material radioativo na atmosfera.
Panela de pressão - De acordo com Paddy Regan, físico nuclear da Universidade de Surrey, na Inglaterra, se o derretimento acontecer existem duas formas do material radioativo chegar ao meio ambiente. A primeira é a liberação induzida do ar radioativo para diminuir a pressão do reator, medida considerada pelo governo japonês. A segunda é se a pressão for grande o suficiente para explodir o reator. "Foi o que aconteceu em Chernobyl", disse Regan.
Para diminuir a pressão na usina japonesa, continua o especialista, os técnicos podem liberar o vapor, como se fosse uma panela de pressão. "O objetivo é manter a integridade do compartimento de segurança."
Resfriamento - Para evitar que a radiação seja liberada na atmosfera, o governo japonês está bombeando água do mar para resfriar o reator. Regan explicou que a medida significa uma tentativa para impedir o derretimento do núcleo. "É uma forma de diminuir a pressão no reator nuclear, eliminando a necessidade de liberar radioatividade na atmosfera". (Reuters)
domingo, 13 de março de 2011
Especialistas comparam explosão na usina nuclear do Japão com Chernobyl
domingo, março 13, 2011
Molina com muita prosa & muitos versos
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