O diretor de Infraestrutura Ferroviária e diretor interino de Administração e Finanças do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Geraldo Lourenço de Souza Neto, pediu hoje demissão. Com a saída dele, resta apenas um diretor do Dnit no cargo, Jony Marcos do Valle Lopes, que comanda a diretoria de Planejamento. Geraldo Lourenço é o 19º a deixar o governo após a revelação do esquema de corrupção nos Transportes.
O Ministério dos Transportes divulgou nota informando que o titular da pasta, Paulo Sérgio Passos, recebeu hoje o pedido de exoneração do diretor de Infraestrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo a nota, o pedido de exoneração do diretor será encaminhado à Presidência da República.
Ele era indicado do senador Magno Malta (PR-ES), com quem acertou a demissão em reunião na manhã de hoje. Geraldo foi avisado de que não seria poupado da decisão da presidente Dilma Rousseff de fazer uma "faxina" no setor. Preferiu pedir para sair antes de ser demitido. Além dele, já caíram, entre outros, o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento.
Reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que Geraldo Lourenço é réu em uma ação penal no Tocantins, na qual é acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva e falsidade ideológica. Segundo a promotoria, Lourenço integrava, em 2003, uma quadrilha que explorava jogos de azar.
À época, ele era o delegado titular da Delegacia Estadual de Crimes Contra os Costumes, Jogos e Diversões. De acordo com os promotores, o diretor do Dnit recebia semanalmente R$ 1.500 de um contraventor para se abster de combater a exploração de máquinas caça-níqueis e também trabalhava para a "aniquilar" a concorrência do homem que lhe pagava a propina. Ele nega as acusações. (AE)
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