Cerca de dois meses apĂ³s atropelar e matar um ciclista na BR-040 (Rio-PetrĂ³polis), na altura de XerĂ©m, Thor Batista foi indiciado por homicĂdio culposo. De acordo com informações do RJTV, da TV Globo, o filho do empresĂ¡rio Eike Batista estava a 135 Km/h no momento do acidente. A velocidade mĂ¡xima permitida na via Ă© de 110 Km/h.
AlĂ©m disso, de acordo com testemunhas, pouco antes do acidente ele dirigia em zigue-e-zague pela rodovia e ultrapassou dois veĂculos pela direita. Logo depois ele teria voltado para a pista da esquerda, onde atropelou o ciclista, que segundo os peritos teria sido arremessado a 65 metros de distĂ¢ncia.Thor e o ciclista foram considerados responsĂ¡veis pelo acidente. Segundo o inquĂ©rito, ele dirigia de maneira imprudente. JĂ¡ a vĂtima estava alcoolizada. O documento serĂ¡ entregue Ă Justiça na prĂ³xima semana. Segundo um dos advogados de Thor, ouvido pelo RJTV, "Ă© impossĂvel compreender como os peritos chegaram a essas conclusões".
Nesta quinta-feira (10), Thor Batista afirmou em seu perfil no twitter que a notĂcia sobre uma mulher que teria atropelado um ciclista, no EspĂrito Santo, "em 2 dias nĂ£o serĂ¡ mais publicada" em nenhum lugar. Quando questionado por uma internauta sobre o fato de nĂ£o ter sido punido apĂ³s ter atropelado e matado um ciclista, hĂ¡ dois meses, ele respondeu que o caso era diferente: "Ela estava bĂªbada (eu fiz bafĂ´metro deu 0,0 tenho o comprovante); Ela nĂ£o tem CNH (a minha continua vĂ¡lida atĂ© o dia em que o Detran instaurar um processo (isso ainda nĂ£o ocorreu). Ela tentou fugir (eu prestei socorro)", respondeu.
Na ocasiĂ£o do acidente, Thor estava na direĂ§Ă£o de um superesportivo Mercedes SLR McLaren prata (placa EIK-0063), acompanhado de um amigo. O filho de Eike tinha 51 pontos na carteira de motorista, acumulados nos 18 meses anteriores, e ainda dirigia. Um laudo da perĂcia, divulgado em abril, revelou que Thor nĂ£o trafegava pelo acostamento quando matou o ciclista. A anĂ¡lise nĂ£o determinou a velocidade do carro, um dos pontos essenciais da investigaĂ§Ă£o da 61 DP (XerĂ©m). O veĂculo de Thor atingiu a vĂtima na pista central ou da direita.
O filho de Eike Batista vem dando o que falar quando o assunto Ă© direĂ§Ă£o. Depois do acidente, na Rodovia BR-040 (Rio-PetrĂ³polis), no Ăºltimo domingo ele teve o carro, uma Ferrari 458 Italia, apreendida pelo Detran porque circulava pela cidade sem a placa dianteira. AlĂ©m disso, o carro rodava com uma placa traseira do Rio de Janeiro, embora a propriedade do veĂculo tenha sido transferida para uma empresa de SĂ£o Paulo.
Corrida antes de blitz
Um dia antes de ver sua Ferrari parada no depĂ³sito do Detran em JacarepaguĂ¡, Thor acelerava o possante na Driver Cup, evento que reuniu, no Ăºltimo sĂ¡bado, apaixonados e endinheirados donos de mĂ¡quinas esportivas em uma pista da Embraer, em GaviĂ£o Peixoto, SĂ£o Paulo. Na pista, Thor mostrou que tambĂ©m herdou a paixĂ£o pela velocidade do pai, o bilionĂ¡rio Eike Batista, campeĂ£o mundial de lanchas offshore, em 1990. O rapaz chegou a cravar 309,7Km/h.
Capacete na cabeça e a namorada Tamara Lobo a tiracolo, Thor entrou no carro para correr contra outros 13 competidores, ficando em nono lugar. A competiĂ§Ă£o durou oito horas, das 8h Ă s 16h. A Driver Cup reuniu a nata dos modelos esportivos do mundo, como os Porsche 933, 911 e Carrera; os Dodge Viper e Challenger; os Ford GT e Mustang; e a Ferrari 458 de Thor, entre outros. Somente a Ferrari do filho de Eike valia R$ 1,5 milhĂ£o. No caso de Thor, o modelo 458 tem um motor de 570 cavalos de potĂªncia, alcançando atĂ© 325Km/h. De 0 a 100Km/h, bastam 3,4 segundos. O modelo foi concebido com a ajuda do heptacampeĂ£o mundial de FĂ³rmula 1 Michael Schumacher, ex-piloto da Ferrari. (AG)