sábado, 1 de dezembro de 2012

Para não esquecer: “Casa da Morte” em Petrópolis, que deve virar memorial, estimula a reflexão sobre o passado

A tranquila Rua Arthur Barbosa, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, quase passa despercebida. Provavelmente por isso, uma de suas casas funcionou, nos anos 1970, como aparelho clandestino do Centro de Informações do Exército (CIE), para repressão e extermínio de opositores da ditadura. A história da “Casa da Morte” estampou os jornais recentemente graças ao depoimento de uma sobrevivente do local, Inês Etienne Romeu. Mas ainda vai render alguns capítulos. Enquanto o atual dono da casa se nega a sair, a prefeitura declarou o imóvel de “utilidade pública para fins de desapropriação” e está negociando a estruturação de um Memorial de Liberdade, Verdade e Justiça no local. “O dono da casa diz que o testemunho de Inês Etienne...

EU, A CEU, A DITADURA E AS LUTAS SOCIAIS

  Vindo de S. Paulo chegando a Curitiba em final de Agosto de 1978 ao desembarcar na rodoviária de pronto tive de enfrentar uma garoa fria. Com pouco dinheiro no bolso não tinha condições de pagar um taxi. Pedi informações sobre o caminho para chegar ao Passeio Público, ponto de referência que me deram para chegar a CEU, que soberana reinava encravada no meio da maior área verde central. Era 5;30 da manhã, enfrentando a intempérie comecei o que era para ser uma curta caminhada, haviam me dito que não passava de dez quadras, “logo ali”. Depois de caminhar poucas centenas de metros a minha roupa já estava encharcada e a cada passo a mochila pesava cada vez mais. A garoa fria penetrava na alma, tremia de frio. Ao avistar o Passeio...

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