Rodrigo Rocha Loures, o peemedebista candidato a vice-governador do Estado do ParanĂ¡ pela coligaĂ§Ă£o encabeçada pelo Osmar, participou neste sĂ¡bado da inauguraĂ§Ă£o do ComitĂª ParanĂ¡ Social. A inauguraĂ§Ă£o se deu sob a direĂ§Ă£o da batuta torta do DoĂ¡tico. Ela ocorreu em um ambiente com poucas pessoas representativas e tĂ£o animado quanto o grau da cizĂ¢nia interna na Frente, o que o torna diferente do que foi a semana da campanha realizada no interior, onde a companhia do Rodrigo nos trabalhos foram a Gleisi e o Osmar.
Este ComitĂª tem por fim o objetivo mascarado de encaminhar em separado as candidaturas do RequiĂ£o/Osmar, jĂ¡ que o PT do Paulo Bernardo tomou o mesmo caminho em relaĂ§Ă£o Ă candidatura da Gleisi/Osmar.
Para o Rodrigo restou a terrĂvel missĂ£o de coordenar a majoritĂ¡ria na regiĂ£o metropolitana de Curitiba, terreno em que ocorrerĂ¡ a principal disputa em relaĂ§Ă£o a campanha e local onde o Beto Richa possui a hegemonia.
Neste grandioso colĂ©gio eleitoral, que Ă© a metropolitana, tambĂ©m ocorrerĂ¡ a principal disputa em relaĂ§Ă£o ao senado, jĂ¡ que em Curitiba e cidades arredores a Gleisi, o Gustavo e o RequiĂ£o possuem historicamente as maiores penetrações e consolidações de votos, por aqui terem o seus domicĂlios eleitorais.
É pĂºblico e notĂ³rio o fato de que as relações entre o RequiĂ£o e a maior parte do comando do PT estĂ£o estremecidas, o que nĂ£o difere do que ocorre entre ele e o agrupamento o qual o Pessuti capitaneia.
O Rodrigo sĂ³ se tornou candidato a vice pela vontade do Pessuti, do Temer e do Paulo Bernardo, todos desafetos do RequiĂ£o, o que torna a sua missĂ£o em relaĂ§Ă£o Ă unificaĂ§Ă£o da campanha na metropolitana uma tarefa um tanto espinhosa e quase impossĂvel de se tornar realidade, a nĂ£o ser que se busque a unidade possĂvel e ela com certeza nĂ£o passa pela submissĂ£o aos caprichos do RequiĂ£o.
A presença do Rodrigo nesta reuniĂ£o convocada pelo DoĂ¡tico Ă© uma mostra de boa vontade, mas Ă© apenas um passo pequeno para a sua tarefa se tornar realidade, pois a unificaĂ§Ă£o depende de outros fatores e agentes, jĂ¡ que a discĂ³rdia entre os dirigentes partidĂ¡rios Ă© antiga e estĂ¡ enraizada.
O evento contou com a presença de poucas lideranças do PMDB, em sua maioria ligadas ao grupo do RequiĂ£o, com o agravante da sentida ausĂªncia do grupo do Pessuti e dos dirigentes do PT e do PDT.
Na reuniĂ£o a palavra foi cerceada, o que causou vĂ¡rios protestos em relaĂ§Ă£o Ă conduĂ§Ă£o da mesa pelo DoĂ¡tico. Um dos que se levantaram contra a atitude foi o Jerry, importante militante histĂ³rico do PMDB, que embora tenha sido no passado ligado ao grupo do RequiĂ£o, pelo qual se sente traĂdo, hoje se encontra alinhado ao grupo do Pessuti.
Outro que teve de se impor para poder usar da palavra foi o grande articulador polĂtico Hasiel Pereira, que para poder explanar seu pensamento teve de se impor perguntando se que naquela reuniĂ£o os negros estavam impedidos de falar.
No final da reuniĂ£o, em um misto de desabafo e ato de desagravo, o Jerry convidou a todos para se dirigirem a Boca Maldita tomar um cafĂ©, pois lĂ¡, tribuna livre, ninguĂ©m teria a palavra cerceada.
Um dos discursos mais consequentes proferidos na reuniĂ£o foi o do Hasiel Pereira, que vendo a ausĂªncia das lideranças mais prĂ³ximas ao governador, como tambĂ©m a dos representantes dos outros partidos coligados, ressaltou a importĂ¢ncia da unidade partidĂ¡ria e da unidade enquanto Frente. Ele tambĂ©m disse que a unificaĂ§Ă£o passava pelo Pessuti enquanto o grande articulador e responsĂ¡vel direto pela chapa de unidade, pois o mesmo tinha tido a grandeza de abrir mĂ£o do prĂ³prio projeto para que a coligaĂ§Ă£o se tornasse realidade.
O Hasiel tambĂ©m afirmou que hoje o Pessuti enquanto governo e grande liderança partidĂ¡ria Ă© a autoridade mĂ¡xima e com maior visibilidade dentro do PMDB e assim o grupo reunido deveria procurar o governador imediatamente, pois sem ele o partido nĂ£o marcharĂ¡ unido.
Outro que antes do termino da reuniĂ£o saiu desgostoso com a forma com que o DiretĂ³rio Municipal do PMDB encaminha o processo eleitoral foi o SecretĂ¡rio de Estado Milton Buabssi.