Segundo a denúncia, Vera seria a mentora do crime. A mãe precisava do sangue de uma virgem (no caso a Giovanna) para um ritual que garantisse prosperidade para a família, como a virilidade do filho que estava para casar. A estória foi tão bem elaborada que daria para fazer um roteiro de filme trash.
Giovanna dos Reis Costa, com nove anos, desapareceu em 10 de abril de 2006, sendo encontrada morta dois dias depois, em um terreno baldio, no Jardim Patrícia, na cidade de Quatro Barras, bem perto da casa onde morava. Ela foi encontrada dentro de um saco de lixo azul, nua e amarrada com fios de luz. A vítima foi sofreu esganadura e teve um objeto introduzido em sua vagina.
Na ocasião a delegada responsável pelas investigações concluiu que Giovanna foi morta em ritual de magia negra. Segundo a delegada, a menina foi sangrada viva. Enquanto o coração dela batia, um objeto metálico foi introduzido em sua vagina e dilacerou o períneo para que o sangue fosse recolhido. O sangramento durou por mais de uma hora, até a menina morrer asfixiada pelos assassinos, será que a doutora é uma vidente para elaborar uma trama tão completa? Não, tanto que o juri não aceitou as provas contra estas pessoas
No exame de necropsia foi conastatada a crueldade dos assassinos. Os responsáveis, ou o/a responsável introduziram um objeto cilíndrico com ponta irregular que dilacerou o períneo da garota, provocando a hemorragia.
O médico atestou: “Quando examinei o cadáver, todos os órgãos estavam pálidos. Não tinha sangue algum. Ele foi jorrado porque o coração ainda funcionava enquanto ela era torturada. A retirada do sangue pode ter demorado mais de uma hora”, com garantiu no laudo que a menina foi asfixiada depois do sangramento.
A última vez que Giovana foi vista com vida, ela vendia rifas para a festa de Páscoa da escola onde estudava.
Por preconceito, pois qualquer um da vizinhança poderia ter cometido tal ato cruel e assassino, os ciganos, que por infelicidade estavam acampados nas proximidades do local onde o crime aconteceu, de pronto foram tidos como os principais suspeitos, presos, e sem dever nada foram mantidos encarcerados durante anos. O Tribunal do Juri os considerou inocentes, mas só isto não basta!
Na época o presidente da Associação de Preservação da Cultura Cigana (Apreci), Cláudio Domingos Iovanovitchi, preocupado com a discriminação que a comunidade cigana tem sofrido desde que foi efetivada a falsa acusação do envolvimento de ciganos no assassinato de Giovanna dos Reis Costa, declarou à reportagem Banda B que:
"Não se pode confundir as coisas. Não se pode fazer um genocídio cultural. Não tenho conhecimento de nenhum ritual cigano que prevê morte de crianças. As pessoas desconhecem a cultura cigana, e já fazem um pré-julgamento. Tendas ciganas estão sendo queimadas”.
Também disse:
“Ciganos são cidadãos brasileiros, como todos os outros.”
Pensem comigo, com estarão se sentindo os que ficaram presos sem dever desde 2006?
A absolvição:
Ciganos acusados de matar Giovanna são absolvidos no Tribunal do Júri
Depois
de três dias de julgamento, Vera Pietrovich e o filho Pero, foram absolvidos das acusações de matar a menina Giovanna dos Reis Costa, 9 anos, em abril de 2006 na cidade de Quatro Barras. Após seis anos de prisão, mãe e filho foram inocentados nesta quarta-feira (14) no Tribunal do Júri em Curitiba.
Durante o julgamento, o advogado que defendeu os réus, apontou vários erros no trabalho da polícia. “Esse foi um caso de preconceito dos organismos policiais. Um erro que causou anos de prisão para estas duas pessoas. Os danos serão irreparáveis”, disse Claudio Dalledone Júnior. Ele diz que o crime pode ter sido cometido por ciganos, mas afiram que acusaram as pessoas erradas.
O próprio promotor, Marcelo Balzer, pediu a absolvição por falta de provas. A família e Giovanna também não acreditava. Os pais da garotinha nem compareceram ao último dia de julgamento. Por volta das 22h, o conselho de sentença se reuniu e inocentou mãe e filho. Durante os três dias de julgamento mais de 15 pessoas foram ouvidas. (Banda B)
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