Segundo petistas, a postura de Delúbio às vezes incomoda outros acusados – como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu –, que avaliam que uma aproximação poderia prejudicá-los.
Um dos recursos de Delúbio em sua busca por apoio é um caderno de 78 páginas em papel couché, colorido e com ilustrações. Sob o título de A Defesa de Delúbio Soares no STF, o texto, também publicado no site do ex-tesoureiro, reproduz seus argumentos para alegar inocência da acusação de integrar um suposto esquema de compra de votos no Congresso no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com gráficos em cores e citação de Rui Barbosa, o documento, assinado por integrantes das bancas Malheiros Filho, Camargo Lima, Rahal Advogados e Vilardi Advogados, de São Paulo, informa em seu expediente que foi impresso “pelos companheiros petistas de Delúbio Soares”, com tiragem anunciada de 20 mil exemplares.
Delúbio tem percorrido diversos Estados. Há cerca de um ano, reuniu-se no Rio com sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas, de acordo com militantes do PT, quase não conseguiu atrair nenhum integrante de destaque do movimento sindical. Em suas investidas no Rio, muitas vezes se encontra com dois ex-membros do governo Lula, Manoel Severino dos Santos, que presidiu a Casa da Moeda, e Marcelo Sereno, ex-integrante da Casa Civil.
Há cerca de duas semanas, Delúbio fez nova incursão no Rio. Terminou seu dia no bar Villarino, no centro, muito frequentado por advogados devido à proximidade com a sede do Tribunal Regional Eleitoral. Um amigo distribuiu cópias da defesa a alguns frequentadores.
Mal-estar. Dirceu permanece distante da movimentação de Delúbio, embora mantenha contato com ele. No início do processo, o ex-tesoureiro propôs ao ex-ministro que se defendessem juntos. Dirceu, porém, não concordou, o que gerou mal-estar entre os dois. O ex-ministro procura evitar ser associado publicamente a Delúbio e a outros personagens do escândalo, do qual é um dos personagens centrais. (AE)
1 comentários :
Professor público que não dava aulas, diga-se de passagem. A esperança é que o Marcos Valério, condenado a 9 anos, resolva abrir o bico para valer.
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