segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Paccar instala pedra fundamental de fábrica de caminhões em Ponta Grossa

O governador Beto Richa participou nesta segunda-feira (09/01) da instalação da pedra fundamental da fábrica de caminhões DAF, que a montadora norte-americana Paccar vai construir em Ponta Grossa. Com investimentos de US$ 200 milhões, o empreendimento, beneficiado pelo programa Paraná Competitivo, vai gerar cerca de 500 novos empregos diretos na região dos Campos Gerais. A cerimônia contou com a presença do presidente mundial da multinacional, Mark Pigott.

A fábrica será construída em uma área de 500 hectares às margens da PR 151, entre os municípios de Ponta Grossa e Carambeí. A Paccar pretende iniciar as operações em abril de 2013, com a montagem de caminhões nos modelos LF, CF e XF, da marca DAF. Durante o evento desta terça-feira, os dirigentes da empresa também receberam a licença ambiental concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

“O momento em que vive o Paraná demonstra um salto de industrialização e leva a um novo patamar econômico, trazendo mais qualidade de vida e prosperidade para todos”, disse o governador. Ele destacou que o Estado registrou, em 2011, um número recorde em geração de emprego com carteira assinada. “Fechamos este primeiro ano de governo com 157 mil postos de trabalho registrados. Desses, 98 mil foram no interior do Estado”.

Richa afirmou que, a partir do programa de incentivos fiscais Paraná Competitivo, cerca de R$ 9 bilhões já estão garantidos para o Estado – e outros R$ 15 bilhões são negociados para os próximos anos. “Consolidamos o Paraná como segundo pólo automotivo nacional”, disse o governador.

Segundo Richa, com a instalação da Paccar há a expectativa de que outras 20 fábricas se instalem no Estado. “Elas vão fornecer insumos e peças para atender a nova indústria, gerando milhares de postos de trabalho indiretos”, disse. Para ele, o investimento da montadora serve também como estímulo para outras empresas internacionais se instalarem no Paraná “Vivemos um novo ciclo de industrialização e de resgate da confiança dos investidores no governo”.

Para Mark Pigott, o governo se mostra parceiro dos empresários porque tem consciência da importância da geração de renda e emprego para a sua população. “Estamos honrados em merecer este apoio”, disse. O presidente da Paccar também destacou a parceria consolidada entre a empresa e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) para o desenvolvimento de cursos de educação continuada, nas áreas de engenharia e contabilidade, com o objetivo de qualificar futuros funcionários.

De acordo com o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, o Paraná teve 4,8% de crescimento da produção industrial entre janeiro e agosto de 2011 – mais que o triplo da média nacional (1,4%). “Neste ano, temos outros grandes investimentos para anunciar. Trabalhamos com o esforço de todo o governo para atrair novos empresários ao Estado”, afirmou.

Também participaram da cerimônia os secretários da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, e da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o prefeito de Ponta Grossa, Pedro Wosgrau Filho, o deputado federal Sandro Alex e os deputados estaduais Plauto Miró e Marcelo Rangel – além do presidente da Paccar Brasil, Marcos D’Avilla, entre outros executivos do grupo.

Paraná Competitivo - Um dos maiores trunfos para a atração das empresas foi a implantação do programa Paraná Competitivo. Lançado em fevereiro, o programa contempla uma série de medidas de incentivos ao setor produtivo, por meio da dilação de prazos para recolhimento do ICMS, investimentos para melhoria da infraestrutura, da capacitação profissional, da desburocratização e da internacionalização do Estado.

O secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, explica que a ação central do Paraná Competitivo é a geração de benefícios fiscais em troca de emprego e renda, principalmente no interior. “O Paraná conta hoje com uma política fiscal moderna, que permite ao Governo analisar os casos individualmente, levando em conta as necessidades dos empresários e os interesses do Estado”. Investimentos em empreendimentos inovadores e em cidades do interior recebem mais benefícios do Governo.

Entre as empresas que confirmaram investimentos no Paraná estão a francesa Renault, que vai ampliar a sua unidade em São José dos Pinhais; a japonesa Sumitomo, que vai fabricar pneus em Fazenda Rio Grande; a norte-americana Cargill, que vai construir uma unidade de processamento de milho em Castro; a italiana Techint que vai montar plataformas de petróleo em Pontal do Paraná e a Votorantim que vai ampliar a unidade de produção de cimento em Rio Branco do Sul.

“Hoje, sem dúvida alguma o Paraná possui o melhor ambiente para negócios em todo o Brasil”, salienta Ricardo Barros. O secretário adianta que entre os R$ 15 bilhões que estão em negociação indústrias de diversos setores, entre eles: montadoras leves e pesadas, tecnologia da informação, papel e celulose, pneus, motocicletas, alimentos, farmacêuticas, biodiesel, petróleo e gás e reciclagem.

Micro e Pequenas – Na outra ponta, o governo Beto Richa lançou no início de novembro um programa para fomentar o desenvolvimento de pequenos e micros empresários por meio de capacitação gratuita e crédito barato.

Batizado de Bom Negócio Paraná o programa vai oferecer R$ 60 milhões em crédito nos próximos três anos abrangendo empreendedores informais, individuais, sociedades empresariais, sociedades simples, arranjos produtivos locais e cooperativas de produção, de serviços e de trabalho. As linhas de financiamento, operadas pelo Banco do Empreendedor Paraná, variam de R$ 1 mil a R$ 300 mil com taxas de juros de 0,58% a 1,1% ao mês - as mais baixas do país.

Para capacitar os empreendedores, o Paraná - em parceria com entidades empresariais - oferta cursos gratuitos nas áreas de empreendedorismo e projeto de vida, gestão de negócios, gestão de pessoas, gestão financeira, gestão comercial e gestão estratégica. Cada curso dura 22 dias com carga horária de 66 horas. “Quanto mais capacitado o empreendedor estiver, menores serão os juros”, afirma Ricardo Barros. (AEN)


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