Comentário: Se para os norte americanos a "bolha" foi imobiliária a nossa é a da linha branca. Quando durante a campanha passada o Lula liberou os empréstimos pelas linhas de crédito para os de baixa renda, estimulando este segmento mal remunerado da sociedade ao consumo, mas não pelo excesso de poupança e sim pelo endividamento com o uso do "dinheiro de plástico" a juros estratosféricos, estava claro que mais para frente estes consumidores iriam ficar inadimplentes. O povo, iludido com o discurso de que os preços tinham baixados, comprou um produto (geladeira, fogão, micro-ondas, etc.) e agora paga por três, o que leva a milhões de brasileiros ficarem dependurados no SEPROC e no SERASA. Como resultado temos um povo falido e sem crédito e os bancos e demais financeiras ganhando como nunca, pois no fim das contas estes nunca perdem.
Ainda de acordo com os economistas, a evolução ocorreu em quase todas as modalidades de pagamento, excluindo apenas os protestos. O consumidor enfrenta uma redução no poder aquisitivo e o crescente endividamento dificulta o pagamento das dívidas assumidas anteriormente.
Eles chamam atenção para o crescimento da inadimplência com cheques, devido a vários segmentos do varejo intensificarem o uso do pré-datado, para contornar os custos com cartões de crédito e para aliviar o consumidor do maior IOF.
Comparações. A inadimplência do consumidor também apresentou crescimento nas comparações mensais e anual. Na relação mensal, o índice perdeu o fôlego e registrou alta de 7,9%, na comparação com maio. Na análise anual, o indicador apontou crescimento de 29,8% (em maio o percentual foi de 21,7%), representando o maior aumento desde maio de 2002.
Na decomposição do indicador, a inadimplência com os bancos foi a principal responsável pela alta do índice mensal, com aumento de 8,1% (contribuição de 3,8 pontos percentuais na variação total). As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água), e os cheques sem fundos também colaboraram para a alta do indicador com variação de 5,4% (2,2 p.p) e 18,9% (2,1 p.p), respectivamente. Os títulos protestados não permitiram que o índice subisse pouco mais e apresentou queda de 11,7%, com contribuição negativa de 0,2%. (AE)
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