Não foram ainda corrigidos certos vícios que vem do governo Lula. Um deles é a interferência da euforia exagerada nas estatísticas divulgadas a respeito da criação de novos empregos. Ainda esta semana tomamos conhecimento, por informação oficial, da criação até agora, este ano, de 280.799 postos de trabalho, com certeira assinada. Os números poderão estar certos, mas o reverso da medalha é maliciosamente escamoteado: quantas demissões ocorreram no mesmo período? Não erra quem supuser ao menos 100 mil, dentro da injusta relação praticada entre capital e trabalho. Mas tem pior. Por conta dessa ilusória criação de novos empregos, movimentam-se porta-vozes das elites econômicas para evitar a crítica de que não vem cumprindo suas obrigações, já que os investimentos sociais da iniciativa privada deixam a desejar, fora as exceções de sempre. Virou moda na Fiesp e congêneres defenderem-se dizendo que eles criam empregos e pagam impostos. Vamos com calma: criam mas também suprimem empregos. E se pagam impostos, não é com a facilidade, a abnegação e o patriotismo que afirmam. A classe média e os pequenos empresários não tem outro remédio que apresentar-se ao leão, ou melhor, o leão ronda implacavelmente suas casas e escritórios. Os maiorais, no entanto, contestam, discutem e levam suas obrigações à barra de tribunais administrativos e da Justiça, quando não sonegam. Ganham tempo precioso e salvam recursos monumentais. Basta ir ao site da Receita Federal para se ter notícia de que mais de um trilhão de reais deixou de entrar nos cofres públicos. Apesar disso, são os maus pagadores os primeiros a celebrar as informações decorrentes da exagerada euforia do governo. Uma espécie de conluio entre vigaristas. (Carlos Chagas/Tribuna da Imprensa)
quinta-feira, 17 de março de 2011
A euforia exagerada do governo federal e o patronato,que não paga os impostos, em relação aos novos empregos parece mais um conluio entre vigaristas
quinta-feira, março 17, 2011
Molina com muita prosa & muitos versos
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