Saca-rolhas gigantes, de pelo menos 2,5 metros de altura, estão atraindo olhares curiosos no Centro de Curitiba. Nem a prefeitura soube explicar por que e quem os colocou ali. Há pelo menos três, iguais, na região central. Um dos objetos foi instalado nas imediações do Largo da Ordem, na Rua Barão do Serro Azul esquina com São Francisco; outro na Praça General Osório; e um terceiro ao lado da Praça Oswaldo Cruz.
A assessoria de imprensa da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) disse que não tinha conhecimento de que os saca-rolhas se tratem de intervenção artística. Não há, ainda, informação de que se trate de um ação de publicidade, segundo a prefeitura. Caso os objetos estejam instalados de modo irregular, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente vai retirá-los dos locais.
As peças são feitas de madeira, com pintura metálica, e têm um saco de areia na estrutura, que serve como peso para manter os objetos gigantes de pé.
Curitibanos que passavam pela manhã desta terça-feira (8) pela região olhavam de modo ressabiado para os saca-rolhas, perguntando-se do que se tratavam. Alguns paravam para observar melhor as peças. Para o advogado André Almeida, de 40 anos, trata-se de uma campanha de marketing de uma empresa de vinho.
“É para fazer propaganda de alguma empresa”, opinou a dona de casa Zilda Bineo, 77 anos. Para a também dona de casa Izanete Bruno, 56, os saca-rolhas sinalizam a inauguração de alguma casa de vinhos na região.
“É para fazer propaganda de alguma empresa”, opinou a dona de casa Zilda Bineo, 77 anos. Para a também dona de casa Izanete Bruno, 56, os saca-rolhas sinalizam a inauguração de alguma casa de vinhos na região.
O designer Guilherme Terra, 20, acredita que a peça foi instalada no local para “demarcação de território”. “Estão querendo extrair alguma coisa. Deve ser petróleo”, diverte-se.
Na opinião do eletricista Pedro Germano da Silva, 50, a exposição dos saca-rolhas é uma maneira de incentivar as pessoas a beber vinho. “Ainda mais agora que o inverno está chegando. Vinho no inverno é muito bom.”
O artista Zilton Máximo da Silva critica a prática. “No lugar de desestimular o consumo de bebida alcoólica, estão ‘ajeitando’ para o povo beber mais cachaça.”
Há ainda quem acredite que as peças são uma intervenção artística. O digitador Rodrigo Doneda, 33, ficou procurando uma possível placa que explicasse o objetivo da exposição dos saca-rolhas gigantes. “É para pescar as ideias das pessoas, estimular a imaginação. Acho que vai chegar uma garrafa de vinho gigante para distribuir aos curitibanos”, brinca. (GP)
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