Aumenta o rumor de que os dirigentes dos partidos de oposição ao presidente da Câmara João Cláudio Derosso fecharam posição pela indicação do vereador Algaci Túlio (PMDB) para a presidência da CPI que investigará as denúncias contra a presidência. A contradição central nesta indicação é a ficha pregressa deste indivíduo, que já foi condenado a prisão por envolvimento no escândalo Banestado:
Banestado:Justiça condena Algaci Tulio a sete anos de prisão
O ex-deputado e ex-vice-prefeito de Curitiba Algaci Tulio foi condenado a sete anos e cinco meses de prisão e a de 420 dias-multa pela Justiça Federal no Paraná, por envolvimento em crime de falsidade ideológica e gestão temerária do Comitê de Crédito e Operações do Banestado. A sentença do juiz da 3.ª Vara Criminal, Nivaldo Brunoni, saiu na sexta-feira, 11, e pede também a condenação de nove diretores do banco, além de outras quatro pessoas, por participação no crime. Os réus poderão recorrer em liberdade. ...
... Conforme a sentença, as empresas envolvidas (AT Computação Gráfica Ltda; Documenta Produções Cinematográficas Ltda. e Estúdios Unidos Comunicação e Marketing S/C Ltda.) tinham como sócios Algaci Tulio e seu filho Marcelo Tulio. Eles teriam conseguido, segundo a Justiça, facilitar a liberação de recursos por intermédio do diretor do Banestado Arlei Mário Pinto de Lara, sobrinho de Algaci.
A Justiça informou também que depois de sucessivas renovações dos empréstimos, a dívida chegou a R$ 2.391.581,45 e esse valor, numa renegociação, teve um desconto direto de R$ 443.327,20 aprovado pelo Comitê de Crédito do Banestado. Segundo a Justiça, o restante (R$ 1.948,254,25) foi pago com precatórios, recebidos pelo valor de face, embora os títulos fossem comercializados no mercado com desconto de 65%. Assim, teriam sido pagos apenas R$ 681.888,90. Conforme o juiz federal, na renegociação da dívida foi ainda autorizada a liberação de mais R$ 670 mil à empresa Documenta Produções Cinematográficas Ltda.
Denúncia
Ação teve origem na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) apresentada em maio de 2003. Segundo o MPF, os empréstimos que foram conseguidos junto ao Comitê de Crédito do Banestado, tinham taxas de juros muito baixas (de 2,1% ao mês) e não apresentavam nenhuma garantia de pagamento. Os procuradores alegavam também que as avaliações para as concessões dos créditos afirmavam categoricamente que os avalistas eram pessoas respeitadas no meio político e empresarial, denotando toda a carga subjetiva utilizada para as aprovações dos empréstimos, desprovidas de qualquer fundamento técnico-financeiro. (O Estado do Paraná)
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