Máquinas falsificadas na China tinham até logotipo
A polícia espanhola desmantelou nesta quarta-feira uma quadrilha internacional que traficava máquinas industriais falsificadas.
O grupo tinha uma brasileira entre seus líderes e era coordenado pela Camorra, máfia que atua na região de Nápoles, no sul da Itália.
A brasileira foi detida em Madri com mais 63 acusados, durante a operação Leatherface, após quase dois anos de investigação.
Segundo a polícia espanhola, a quadrilha falsificava máquinas e ferramentas industriais em fábricas clandestinas na China, e as revendia no mercado negro de 16 países, entre eles o Brasil.
O grupo também é acusado de lavagem de dinheiro. De acordo com a polícia espanhola e a Europol (polícia da União Européia), havia uma rede de 20 empresas interligadas com sociedades em diversos países para emitir faturas falsas.
NÁPOLES
A quadrilha era dirigida por um clã familiar em Nápoles, pertencente à Camorra.
O principal acusado de liderar o esquema foi identificado como o italiano Giuliano R., e seu tesoureiro e braço-direito na Espanha, Vittorio P.
A estrutura tinha ainda 64 pessoas, sendo 62 italianos, 1 espanhol e a brasileira, cujos nomes não foram divulgados.
Segundo os investigadores, a quadrilha encomendava peças específicas a 25 fabricantes chineses. Eram modelos de máquinas e ferramentas industriais que imitavam até as marcas e logotipos originais.
Vindas da China, as falsificações chegavam aos portos espanhóis de Málaga e Valência de onde eram distribuídos aos mercados de 16 países, entre eles Brasil, EUA, México, Canadá, África do Sul, Holanda, e até Marrocos.
A Europol, a Guarda Civil espanhola e a polícia financeira italiana avisam que pode haver mais prisões, inclusive no exterior.
Os 64 presos, inclusive a brasileira, serão julgados na Espanha. Eles foram acusados de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e delitos contra a Fazenda Pública e contra a propriedade industrial.
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