Radares/Consilux Entidades e lideranças apoiam decisão do prefeito

Entidades, lideranças políticas e comunitárias, leitores de jornais, usuários de redes sociais manifestaram apoio à decisão do prefeito Luciano Ducci em rescindir o contrato com a empresa Consilux e municipalizar a fiscalização do trânsito na capital do Paraná. “Somos totalmente favoráveis à decisão. O prefeito é corajoso, mostrou pulso firme, indignação com tudo o que assistimos na TV, e respeito aos curitibanos. É tudo que se espera de um homem público”, disse Nilson Pereira, presidente da Femoclam.

“A briga pode até demorar, mas o prefeito tem total apoio das associações de bairros e clubes de mães de Curitiba”, completou o presidente da Federação das Associações de Moradores de Curitiba e Região Metropolitana. A entidade, que representa 1,6 mil associações e clubes de mães, vai realizar uma assembléia nesta sexta-feira, 18, em apoio à decisão do prefeito. “Vamos fazer um manifesto e um abaixo-assinado de apoio e entregá-los pessoalmente ao prefeito”, adiantou.

OAB-PR - A Comissão de Direito de Trânsito da OAB do Paraná, em reunião nesta quarta-feira (16), também decidiu pelo “apoio e concordância à decisão do prefeito”, conforme o parecer do secretário da comissão, o advogado Leônidas Santos Leal Filho. A decisão de Ducci foi apontada como correta em função do “interesse público” e de “alta relevância”.

“Quanto a decisão do prefeito Luciano Ducci, a mesma encontra-se em correto alinhamento à lei 8.666/93, no artigo 78, inciso XII: razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato”, dia a ata da reunião assinada por Leal Filho e Marcelo José Araújo, presidente da comissão.

Respeito - No campo político, a decisão de Ducci foi aprovada por vereadores, deputados estaduais e deputados federais. “Foi um gesto claro de respeito à população, compartilhando a decisão com os vereadores e mostrando-se aberto ao diálogo”, afirmou o vereador João do Suco. “A decisão do prefeito foi aplaudida por todos os 38 vereadores de Curitiba”, completou.

O deputado estadual Ney Leprevost classificou como “ótima” a decisão do prefeito. “Casos como esse, conforme noticiado no Fantástico, não pode ter qualquer indício de suspeição. Trata-se, muito mais do que discutir se as multas foram apagadas ou não, de uma questão ética, de confiança. E esses princípios foram quebrados. O prefeito está coberto de razão”, disse.

A decisão do prefeito, segundo o deputado federal André Zacharow, é aprovada pelos curitibanos e permite também a busca de alternativas para melhorar o trânsito sem penalização injusta de condutores e condutoras de veículos. “É a decisão que tinha que ser tomada em defesa dos interesses dos curitibanos”, disse.

Redes sociais – As manifestações também mobilizaram as redes sociais, blogs e colunas dos jornais. A notícia movimentou a conta da prefeitura -@Curitiba_PMC – no Twitter. “Parabéns prefeitura”, postou Fernando Crippa. “O fim do contrato é uma vitória da liberdade de imprensa e da pressão da opinião pública”, disse Dari Júnior. A notícia do rompimento do contrato foi retuitada por mais de 20 usuários do microblog.

A Coluna do Leitor da Gazeta do Povo desta quinta-feira, 17, também traz sete comentários a cerca da questão. “A atitude da prefeitura de Curitiba de determinar a rescisão do contrato com a empresa (...) deveria servir de exemplo para qualquer atividade pública. A situação ficaria insustentável se fosse feita investigação somente com inquérito administrativo”, escreveu Edizor Nichel.

“A prefeitura agiu corretamente ao decidir pela rescisão do contrato com a empresa Consilux. Precisa romper e assumir o controle dos radares, pois certas atividades precisam ser restritas ao Estado”, disse Gilson Cirino no jornal de maior circulação no Paraná.