segunda-feira, 29 de março de 2010

Quem diz o mesmo que a oposição é o Zé Dirceu: O BC continua esquizofrênico


Publicado em 27-Mar-2010

A última reunião do Copom causou polêmica no ... A última reunião do Copom causou polêmica no mercado e não é para menos. No item 26 da ata da reunião do Comitê, divulgado na quinta-feira, está escrito: "À luz dessas considerações (discussões durante a reunião), houve consenso entre os membros do Comitê (Copom) quanto à necessidade de se programar um ajuste na taxa básica de juros, de forma a conter o descompasso entre o ritmo de expansão da demanda doméstica e a capacidade produtiva da economia". Uma péssima notícia para o país e para a economia.

Primeiro, porque o BC continua esquizofrênico. Morre de medo da influência política em suas decisões, como se em todos os países do mundo não houvesse uma política de desenvolvimento e econômica e como se não houvesse conseqüências dessas medidas na política monetária e fiscal. Ora, o governo tucano de FHC não impôs ao país a taxa fixa de câmbio, como aconteceu na Argentina, até os dois países quebrarem?

Está evidente que o principal perigo do BC não é a política e o rumo do governo e sim as pressões dos setores que dominam a mídia e o mercado, os interesses do sistema financeiro e dos rentistas, que não têm a transparência da política do governo e de suas decisões, orientações ou demandas sobre o BC. Já que são legítimas e públicas, derivam de sua política econômica aprovada nas urnas e pelo parlamento, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Orçamento Geral da União.

Grave é a decisão de aumentar os juros para conter (um eufemismo) a demanda e compatibilizar o crescimento com nossa capacidade de produção, o maldito PIB potencial que só existe no papel e na cabeça de membros do BC. Uma previsão e avaliação que mais parece um palpite que uma realidade de nosso sistema produtivo, uma vez que sua medição não leva em conta as decisões dos empresários e do governo e não tem como avaliar a situação internacional e mesmo o aumento de produtividade de nossa economia.

Na verdade querem é manter uma taxa de juros de equilíbrio que garanta o retorno aos rentistas e especuladores. Ou seja, manter o ainda pernicioso controle, exercido por pressões a partir das acusações de uso político do BC e de suas decisões.

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