Cerca de 44 mil ruínas antigas, templos e outros locais de grande importância cultural desapareceram na China nos últimos 20 anos, segundo informa o governo do país.
De acordo com o primeiro censo do patrimônio cultural realizado pela China em duas décadas, cerca de um quarto dos locais pesquisados está em mau estado de conservação.
Ao explicar os resultados, o vice-diretor do levantamento, Liu Xiaohe, disse à mídia estatal chinesa disse que muitos pontos de grande relevância cultural estão desprotegidos, sendo demolidos para dar lugar a projetos de construção civil e a instalações industriais.
Segundo Liu, o desenvolvimento econômico do país é a razão principal dos danos causados às relíquias culturais chinesas.
O censo, realizado pela Agência Estatal de Patrimônio Cultural da China, registrou cerca de 700 mil áreas em todo o país.
Na região mais afetada, a Província de Shaanxi, onde ficam os famosos guerreiros de terracota, as estatísticas indicam que mais de 3.500 locais de grande relevância cultural simplesmente desapareceram.
Cerca de 17,7% dos lugares histórico-culturais se encontram em estado de conservação “relativamente pobre”, enquanto 8,43% foram qualificados como em estado “pobre”, afirmou à Xinhua o diretor da Administração Estatal de Herança Cultural, Shan Jixiang.
O censo, o terceiro feito pela instituição e o maior sobre o tema desde a criação da República Popular, em 1949, incluiu 766.722 bens de patrimônio cultural, incluindo alguns não escavados ou em profundidades marinhas (536.061 não estavam registrados nas listas anteriores).
O estudo custou 1.500 milhões de yuans (US$ 237 milhões) e nele trabalharam 50 mil pessoas.
O censo não cita especificamente quais construções ou monumentos desapareceram no período de pesquisa. (Agências)
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