A liberação de um pacote de oito empréstimos para o governo do Paraná que envolvem investimentos de R$ 2,8 bilhões até 2014 patina na Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em Brasília. De acordo com o secretário de Estado da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, havia a expectativa de que os acordos fossem finalizados em dezembro do ano passado. Mas todos ainda permanecem sob análise do órgão federal. “Eles nos pediram recentemente um check-list da situação de outras dívidas que estamos pagando, o que atrasou um pouco o processo”, diz Hauly. Segundo ele, o estado está em dia com a União. “Nossas contas estão em ordem, apesar de pagarmos o juro mais alto do mundo, talvez das galáxias”, critica. O total de empréstimos é de R$ 1,364 bilhão e envolve uma contrapartida de R$ 1,453 bilhão. A negociação com valores mais altos está sendo tratada com o Banco Mundial (Bird). São R$ 583 milhões em crédito mais R$ 1,055 bilhão em recursos do caixa estadual que serão aplicados dentro do programa O Novo Paraná, que abrange ações para redução da desigualdade social e qualificação do funcionalismo. Outros quatro financiamentos para quatro programas distintos estão sendo negociados com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Eles somam R$ 479 milhões em empréstimos e R$ 398 milhões em contrapartidas. Cerca de R$ 500 milhões serão destinados à área de saúde. Os outros três pedidos serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e não precisam de contrapartidas. São R$ 21 milhões para a aquisição de bens de capital, R$ 158 milhões para o programa O Novo Paraná e R$ 123 milhões que serão repassados ao Clube Atlético Paranaense por meio da Agência de Fomento para a conclusão das obras da Arena, estádio que receberá jogos da Copa do Mundo de 2014. Segundo Hauly, os empréstimos são considerados fundamentais para ajudar a “deslanchar” o nível de investimento público no estado. Há duas semanas, uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Paraná, indicou que, em 2010, o Paraná ocupava a última colocação entre todos os estados do Brasil em termos de investimento em comparação com o Produto Interno Bruto estadual. No mesmo dia, Hauly admitiu que a situação piorou em 2011, primeiro ano da gestão Beto Richa (PSDB), quando o volume de investimentos estaduais caiu 44,57% em relação ao ano anterior. Senado Além da aprovação da STN, os empréstimos que envolvem o BID e o Bird vão precisar passar pelo crivo do Senado. Todos os empréstimos estão dentro do limite de R$ 1,5 bilhão definido para o estado pelo governo federal dentro do Programa de Ajuste Fiscal, realizado no ano passado. (GP)
sábado, 10 de março de 2012
Empréstimos pedidos pelo governo do Paraná enroscam no cipoal da lenta burocracia de Brasília
sábado, março 10, 2012
Molina com muita prosa & muitos versos
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