Motivados pelo alto custo de vida no país, mais de 250 mil manifestantes tomaram as ruas de Israel neste sábado, pedindo "justiça social", segundo números oficiais. A imprensa israelense cita mais de 300 mil pessoas e os organizadores falam em até 500 mil. A manifestação já é considerada uma das maiores da história de Israel, país com apenas 7,5 milhões de habitantes. O protesto é parte de uma onda de insatisfação que já motivou a montagem um grande acampamento no centro de Tel Aviv, formado por jovens que reclamam do preço dos aluguéis. Outras cidades seguiram o exemplo e as barracas se espalharam pelo país. Também é visto como um reflexo da chamada Primavera Árabe, o conjunto de manifestações que se espalhou pelo norte da África e o Oriente Médio. Gritando palavras de ordem como "as pessoas vem antes dos lucros", os manifestantes se queixam do alto custo de vida, sobretudo dos aluguéis e dos alimentos. Trata-se do terceiro sábado consecutivo de protestos. A maior concentração ocorreu em Tel Aviv, onde houve apresentação de artistas populares em Israel, como Shlomo Artzi e a cantora Rita. Em Jerusalém, os manifestantes se concentraram em frente à casa do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu. INTERNET O movimento de insatisfação ganhou força na internet. Há algumas semanas, uma discussão iniciada no Facebook sobre a alta do preço do queijo cottage deflagrou uma onda de protestos contra a diminuição do poder aquisitivo no país. O queijo cottage é essencial no café da manhã dos israelenses. O protesto majoritariamente online obrigou os comerciantes a abaixarem o preço do queijo, pelo menos temporariamente. Após o queijo cottage, o preço dos aluguéis se tornou o alvo dos manifestantes. Durante o verão no hemisfério norte, nasceram as "cidades de barracas", acampamentos de manifestantes em diversas partes do país. Em Tel Aviv, o acampamento fica no meio do canteiro do elegante Boulevard Rothschild. Os manifestantes citam o crônico problema da baixa oferta de residências no país. Ao contrário de outros países desenvolvidos, a maioria da terra em Israel é nacionalizada. O governo israelense já parece ligeiramente aturdido com o repentino descontentamento público e o primeiro-ministro teve de adiar, nos últimos dias, uma viagem para a Europa. O governo também preparou rapidamente um pacote de reformas que inclui a promessa de construção de mais residências para estudantes. (BBC)
sábado, 6 de agosto de 2011
Mais de 250 mil israelenses vão às ruas contra alto custo de vida
sábado, agosto 06, 2011
Molina com muita prosa & muitos versos
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