A nomeação de Celso Amorim irritou aos círculos mais conservadores dentro das Forças Armadas, que saíram a campo dizendo que quando este ocupou o Itamaraty assumiu posições ideológicas, como se estes reacionários não as tivessem.
Filhos diletos da "Guerra Fria", e ainda fiéis seguidores da geopolítica imposta pelos EUA, estes se agitam contra qualquer discurso que venha em defesa do que defende a laitinidade e a aliança entre os países terceiro-mundistas e em fase de desenvolvimento (Bric), já que para estes a "verdade" ainda vem do falido Norte América, com os quais " eternamente deveríamos ficar aliados, e aqui na no Cone Sul sermos a tropa de choque do Império.
Eles, que deveriam cumprir o papel de ser "os guardiões" de nossa soberania ainda seguem a carcomida cantilena do Golbery na defesa do desenvolvimento dependente com forma de atingirmos o "progresso", no caso o deles, os dos "irmãos do norte".
As nossas Forças Armadas forma formatadas após a vinda de D. João, e estas sofreram grande influência dos mercenários prusssianos e dos militares ingleses, sendo que estes aqui se fizeram presentes desde o desembarque da fugitiva corte imperial. Quem fez a escolta de D. João e seus aristocráticos parasitas foi a armada inglesa.
Todas as tentativas dos Movimentos nacionais e populares de rompermos com a dominação estrangeira e impormos a nossa soberania ocorridas no século XIX foram esmagadas por estas tropas mistas dirigidas por estrangeiros, entre eles se destacaram o almirante Taylor e Lorde Cochrane, ambos ingleses. Sob o comando destes foram massacradas as tentativas republicanas da Revolução Pernambucana, Confederação do Equador, Setembrada, Novembrada, Cabanagem,etc..
Para estes que seguem o histórico de defesa da dependência eterna da nossa nação, mas que dentro das Forças Armadas não representam a totalidade, o nome do Celso Amorim os preocupam.
Apavorados com a indicação de um nacionalista correram para pressionar a Dilma e está para acalmar estes militares, que reagiram negativamente à escolha do ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa, reuniu ontem pela manhã os comandantes militares. E garantiu aos três chefes das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – e mais ao chefe do Estado-Maior Conjunto, general José Carlos De Nardi, que o novo ministro não vai fazer mudanças nos comandos. Na reunião a presidenta pediu aos comandantes que “mantenham a normalidade institucional”. O almirante Moura Neto é o comandante da Marinha; o chefe da Aeronáutica é o brigadeiro Juniti Saito e o Exército tem como comandante o general Enzo Peri. mais calmos estes comandantes disseram que "estão a serviço do Estado e que não servem a pessoas". O motivo da reunião é que muitos dos oficiais superiores, generais, etc., disseram que "a situação é delicada porque todos conhecem as posições do ex-chanceler durante sua passagem pelo Itamaraty, quando “contrariou princípios e valores” dos militares ao tomar decisões ideológicas.
O que apavora estes "impolutos senhores" é que o Amorim, que não é um capacho dos EUA, comandou a aproximação do Brasil com países como a Venezuela e o Equador, justamente uma preocupação dos militares na Região Amazônica, que se colocam contra estes governos soberanos ao mesmo tempo que não questionam a existência das bases dos EUA na Colômbia, com a qual o reacionário Jobim e o suspeito vice presidente Michel Temer tinha acabado de assinar um acordo que abre a nossas fronteiras para a ação de tropas estrangeiras em nosso território.
Outra questão que os incomoda como subservientes que são aos EUA, é que no Itamaraty o novo ministro também conduziu o estreitamento de relações do Brasil com o Irã, país considerado perigoso pela OTAN, Como também os desagradou a aproximação com Cuba.
Para para alguns altos oficiais a nomeação de Amorim "pode passar a imagem de que o Brasil está alinhando sua estratégia de defesa militar com essas nações".
Segundo o que foi dito por estes em uma reportagem dada sem se identificarem ao jornal o Estado de S. Paulo eles ainda sutilmente ameaçaram: “O governo está apostando na crise. Ninguém sabe como será a reação da tropa caso haja algum problema que Amorim precise usar sua autoridade".
Se estes senhores pró EUA se preocupam é porque a nomeação foi correta!
PELA UNIDADE LATINO AMERICANA!
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