Com certeza não é a frente que hoje está detendo o poder municipal em Curitiba e o estadual no Paraná!
A praticamente um ano e meio da eleição para a prefeitura de Curitiba, que é o mais importante espaço eleitoral no estado, fora da pauta atual, já que falta muito para que a eleição aconteça, alguns interessados por fortes razões político eleitoral com caráter oposicionista tentam antecipar o que por claras razões da construção do desgaste do poder municipal atual ainda não se faz presente na discussão popular.
Além da oposição externa, por motivos internos de grupos, que forçam por todas as maneiras manipular o futuro com ações diversionistas no presente, cuja razão é ser a arma tática utilizada para reduzir a importância, embaçar o brilho e colocar em dúvida o êxito da atuação das forças que hoje detém o poder no Paço Municipal, já que a estadia neste pode credenciar, caso reeleito, ao atual ocupante do cargo a vôos mais altos nas futuras disputas ao governo, ou mesmo para a imposição do candidato a vice-governador em 2.014, caso o Beto venha a fazer um ótimo governo que o leve a reeleição. Com certeza o futuro vice do Beto herdará o direito político para ser o sucessor em 2.018.
Para a oposição o racha interno no agrupamento encabeçado pelo PSDB é o que desde já de melhor poderia acontecer no momento, pois dividindo o bloco hegemônico e isto eles tentam fazer com toda a maestria, fica mais fácil pela dispersão com o lançamento futuro de várias candidaturas oposicionistas garantir o segundo turno, onde estas forças oposicionistas marcharão em conjunto, o que a tática que sempre adotaram. A tática guerrilheira de forma várias frentes ataques unificadas pelo discurso estratégico de um comando central de frente oposicionista sempre trás resultados favoráveis a estas, pois antecipa o debate e expõem as mazelas e assim a oposição vai construindo a sua legitimidade perante a opinião pública.
A cobiça interna por espaços, estando acima do interesse do coletivo, para os situacionistas é o ácido que corrói as estruturas de defesa, e os leva a implosão pela diluição, já que dividida a força anterior que os levou ao poder se enfraquece, o que diretamente fortalece a oposição, já que está nisto encontra um terreno propício para penetrar no espaço vital de poder pela amplificação bombardeadora dos discursos corrosivos dos “dissidentes arrependidos”, que com certeza serão estimulados a formarem novas forças independentes, ou que também enquanto dispersos poderão serem coptados para se aglutinarem as forças da frente de oposição.
O Gustavo Fruet, tal qual o Alvaro, dissidente que hoje o estimula a dissidência, embora tenha sido um bom parlamentar, partidariamente sempre manteve o seu grupo a parte do coletivo e assim por falta de interação pouco investiu na construção partidária, e isto hoje o inviabiliza em seu projeto, pois a sua inserção dentro do PSDB curitibano é quase que nenhuma.
O Luciano, pressionado, também não reage da melhor forma ao também antecipar a discussão sobre o que ainda não é a pauta principal para o seu agrupamento, e está é principalmente a de fazer uma ótima gestão, que o credencie a pleitear a reeleição. Uma coisa é manter as legítimas relações republicanas com o poder federal e por elas buscar o que nos é de direito enquanto importante participe na arrecadação de tributos federais e a outra é estimular, pela não negação, que isto é a abertura de um compromisso político de alianças no futuro. “Quem tudo quer nada tem”, diz a sabedoria popular, sendo um bom exemplo o que recentemente aconteceu com a campanha do Osmar, que formatou um palanque onde o “fogo amigo” foi a única realidade a imperar, o que pela dispersão das forças só serviu para a sua derrota.
Caso o bom senso da visão estratégica prevaleça o Gustavo e o Luciano irão acertar os ponteiros e o que na época estiver com melhores condições eleitorais será o candidato é o outro o vice. É ingenuidade acreditar nas boas intenções dos “novos amigos”, nos que hoje lhes oferecem a visão do paraíso, mas que na prática são os que lhes querem enviar para o inferno da derrota.
Nos dias de hoje com certeza o candidato mais viável para a frente governista ainda é o Luciano Ducci, pois herdou uma ótima imagem de gestão e com a intensificação do seu trabalho no comando da prefeitura, que está capitalizada e bem escorada em um grande calendário de novas obras e novos serviços a serem prestados pelo poder público, e o Gustavo, que embora bem votado saiu derrotado na eleição para o senado, seria o seu vice ideal, mas a política não é estática e só um bom trabalho enquanto prefeito não basta, pois o central sempre é o jogo político da formação da frente . isto passa em manter as atuais forças e pela qualidade na ampliação dos efetivos de forças politicamente ativas, o que não pode ser confundido com um amontoado internamente divergente e sem face própria.
O Gustavo, com as feridas da última batalha ainda não bem cicatrizadas, sendo estimulado pela oposição e por setores da situação a ser candidato, o que é um direito democrático que lhe assiste, ainda não tem um rumo a tomar e se torna um alvo fácil para os que querem voltar ao poder estimular as intrigas.
Setores do PMDB, que são anti-Requião, trabalham internamente para que este vá para o partido e isto é uma armadilha, já que caso consiga a legenda, o que não será fácil, terá o obstáculo instransponível da oposição interna da tropa de choque do Requião.
O PDT também tenta atrair o Gustavo, mas este além de ter as principais lideranças, no caso os vereadores, já apoiando o Luciano, do ponto de vista eleitoral é aqui um partido sem força, cujo agravante do pequeno tempo eleitoral na TV agrava o quadro.
O PV já disse claramente que terá candidato próprio, o que descarta a afirmação que circulou na imprensa de que este partido teria convidado ao Gustavo para ser o seu candidato, mas caso fosse verdade este também não seria o espaço partidário adequado, já que padece dos mesmos problemas e fraquezas eleitorais do PDT.
Até setores do PT acenam para o Gustavo para que este vá para legenda, o que é impossível, já que está ida o levaria ao enfrentamento de profundas contradições entre o “ novo presente” e o seu passado, que foi dedicado durante anos a construção do discurso anti-petista realizado pelo PSDB, o que lhe gerou sérias relações de desafeto dentro do outro campo político, como o descredenciaria junto ao seu próprio eleitorado, que veria este fato como uma alta traição e isto seria a sua destruição política.
Quando o Beto, em seu papel de moderador afirma para a reportagem da Gazeta que é a favor de respeitar as instâncias partidárias ao dizer: “devemos buscar o entendimento. A intervenção iria fragilizar o partido, fragmentá-lo. Outros ficariam insatisfeitos com a intervenção”, está correto, pois no PSDB curitibano não ocorreu nenhum fato que justificasse tal atitude. Caso ela fosse tomada seria uma medida de cunho oportunista golpista em nada diferente ao que o Alvaro tentou tomar internamente contra ele na eleição passada ao governo, quando aqui enfraquecido partidariamente pediu a intervenção do Diretório Nacional para impor na marra a sua candidatura.
Na reportagem dada a Gazeta o Beto também afirmou:
"É muito cedo para trazer essa discussão, que na minha avaliação é até extemporânea. Eu aposto – e vou concentrar todos os meus esforços e minha energia – na busca da conciliação. Todos concordam que o nosso grupo político é muito grande, muito forte e posso dizer, sem falsa modéstia, o favorito das eleições de 2012. Compreendemos também que, divididos, somos um tanto mais fracos e isso desperta o interesse de partidos que são nossos adversários."
“Intervenção é uma palavra meio pesada. Seria um gesto traumático e a pergunta que fica no ar é: que argumentos consistentes teriam para justificar uma intervenção? O PSDB de Curitiba é tido como um dos melhores ou o melhor e mais bem organizado do Brasil. Basta ver o desempenho do PSDB nas três últimas eleições aqui na capital. Então, é bom evitar falar em intervenção porque não há motivo para isso. Eu concentro as minhas energias para ter a união do grupo”.
Quando o repórte da Gazeta colocou para o Beto que ex-deputado Gustavo Fruet tem dito que: “se for eleito o diretório municipal, a candidatura dele fica inviável” e perguntou como ele encarava o posicionamento do pretendente a candidato ele disse:
“Eu entendo essa colocação do Gustavo. Mas é por isso que eu falo que devemos buscar o entendimento. A intervenção iria fragilizar o partido, fragmentá-lo. Outros ficariam insatisfeitos com a intervenção.”
Estão corretas as ponderações do Beto!
terça-feira, 8 de março de 2011
Com todo respeito que o Gustavo Fruet e o Luciano merecem: a quem interessa antecipar o debate eleitoral?
terça-feira, março 08, 2011
Molina com muita prosa & muitos versos
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