A Irmandade Muçulmana, o maior bloco de oposição do Egito, ameaçou deixar o diálogo com o governo do país, que sofre pressões desde o dia 25 de janeiro, quando a população tomou as ruas do Cairo e de outras cidades exigindo a renúncia do presidente Hosni Mubarak. Os opositores disseram que podem sair das negociações caso suas exigências não sejam atendidas.
"Estamos avaliando a situação. Vamos reconsiderar toda a questão do diálogo", disse Essam el Erian, dirigente da Irmandade Muçulmana, na segunda-feira. "Vamos reconsiderar segundo os resultados. Algumas das nossas exigências já foram atendidas, mas não houve resposta à nossa principal exigência, de que Mubarak saia."
A oposição pleiteia uma reforma constitucional que leve a eleições livres e limpas, limite a quantidade de mandatos presidenciais, dissolva o Parlamento, permita a libertação de presos políticos e suspenda a lei de emergência.
O governo divulgou uma nota após a primeira rodada de reuniões, no domingo, dizendo que havia acordo sobre os rumos do processo, mas com poucas concessões à oposição. A nota sugere que as reformas serão implementadas com Mubarak ainda no poder até setembro. Também impõe condições para a revogação da lei de emergência, que segundo a oposição é usada para reprimir dissidentes.
Fonte: AP
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Irmandade Muçulmana ameaça deixar diálogo com governo do Egito


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