quinta-feira, novembro 17, 2011
Molina com muita prosa & muitos versos
Itaipu
Enquanto Belo Monte custará mais de 30 bilhões a repotenciação das antigas usinas gerando em dois anos energia, que seria o equivalente a metade da produzida por ITAIPU, custaria 8 bilhões.
Até 2004, a construção de barragens para promover a matriz havia provocado a inundação de 34.000 km2 de terras e o deslocamento compulsório de aproximadamente 200 mil famílias ribeirinhas.
Com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a revista "Energia Brasil" publicou em 2000 a matéria intitulada "Rápida e barata", considerando que, em dois anos, os investimentos em repotenciação aumentariam a capacidade instalada equivalente à metade de Itaipu por apenas metade do valor médio gasto para manter a demanda nacional.
"Fabricantes de equipamentos, como a Voith Siemens e a Alstom, estimam que o custo do MW gerado a partir da repotenciação varia entre US$ 100 e US$ 300, o que significa um potencial de negócios nessa área que pode chegar a US$ 2,3 bilhões", segundo o artigo, o planejamento do Ministério de Minas e Energia, até então, estimava investimentos anuais na ordem de US$ 4 bilhões necessários para expandir a capacidade brasileira em 4,6 mil MW ao ano.
Repotenciação mínima: aumentaria em 2,5% a capacidade a partir do reparo das turbinas e geradores recuperando parte dos rendimentos originais das usinas.
Repotenciação leve: permitiria ganhos na ordem de 10% na capacidade das hidrelétricas antigas e de grande porte. Para tanto, os investimentos deveriam ser voltados não só para o reparo, mas também para a compra de turbinas e geradores modernos e com mais tecnologia de produção.
Repotenciação pesada: aqui o rendimento das centrais poderia aumentar entre 20% e 30%. Nesse caso, as usinas passariam por uma verdadeira reforma com a troca de todos os geradores antigos por novos para garantir quase 100% da produção original de energia.
A repotenciação mínima somaria mais 868 MW à capacidade de geração das hidrelétricas. Já as obras concretizadas de repotenciação leve melhorariam em 3.473 MW o desempenho energético, e em 8.093 MW considerando a repotenciação pesada.
Este cálculo não leva em conta o alto custo a mais que terá a construção das linhas de transmissão de Belo Monte, sendo que nas antigas só serão necessárias as obras de melhoramentos tecnológicos.
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