O DNA da batata foi decifrado por cientistas de 14 países, em uma pesquisa que abre as portas para criação de tubérculos mais resistentes e com maior poder nutritivo, explicou nesta terça-feira (12) a pesquisadora Gisella Orjeda.
O resultado é fruto de quatro anos de estudos, dos quais participaram cem pesquisadores internacionais do Consórcio de Sequenciamento do Genoma da Batata (PGSC, na sigla em inglês). Para realizar o estudo, os cientistas se dividiram em áreas de trabalho, como sequenciar trechos do genoma, procurar os genes de resistência e elaborar um controle de qualidade dos resultados, entre outras funções.
Gisella destacou que conhecer a sequência do tubérculo possibilitará a criação de batatas mais nutritivas e mais resistentes às pestes e à mudança climática. A pesquisa serviu para determinar que 408 dos aproximadamente 39 mil genes da batata são genes de resistência a doenças.
Em cinco anos será possível criar uma nova espécie de batata, o que representará uma grande economia de esforço, tempo e dinheiro, ressaltou a especialista. Da pesquisa, publicada recentemente na revista científica Nature, participaram pesquisadores do Peru, Chile, Argentina, Estados Unidos, China, Rússia, Índia, Nova Zelândia, Reino Unido, Polônia, Itália, Irlanda e Holanda.
A batata, terceiro alimento mais importante no mundo depois do arroz e do trigo, começou a ser cultivado e consumido há 8.000 anos e foi introduzida na Europa pelos espanhóis no século XVI. A expectativa é que, no ano 2020, mais de dois bilhões de pessoas em todo o mundo dependerão do tubérculo para alimentação, forragem e fonte de receita. (EFE)
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