Brasil e China vão assinar cerca de 20 acordos em diferentes áreas
Memorandos de entendimento incluem as áreas de defesa, agricultura e educação, entre outras
Brasil e China vão assinar em torno de 20 acordos em diferentes áreas durante a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff àquele país na semana que vem. Há memorandos de entendimento nas áreas de defesa, agricultura e educação, entre outras. Mas também há acordos entre empresas para obras de infraestrutura e desenvolvimento de novas tecnologias.
A seguir, a lista dos acordos a serem assinados:
Defesa
- Cooperação em produtos e serviços de defesa, incluindo a troca de conhecimento e experiência em tecnologia e intercâmbio sobre a atuação nas operações de paz das Nações Unidas (ONU).
Recursos Hídricos
- Memorando de entendimento para cooperação científica no gerenciamento sustentável e proteção dos recursos hídricos.
Inmetro
- Dois memorandos de entendimento entre o Inmetro e o laboratório afim chinês para troca de experiências sobre produtos, pesos, medidas, garantias, certificados de qualidade, etc. A intenção é aumentar o conhecimento e chegar a uma padronização da qualidade que será obrigatoriamente seguida pelos dois países nos produtos exportados.
Agricultura
- Memorando de entendimento com a Embrapa para pesquisa de inovação agrícola;
- Memorando de entendimento para promoção de pesquisa e tecnologia em agricultura tropical;
- Formalização da instalação de mais uma unidade Labex (Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior). Já existem Labex's da Embrapa nos EUA, França, Inglaterra e Coreia do Sul.
Esportes
- Memorando de entendimento para troca de experiências na organização de grandes eventos;
- Memorando de entendimento para troca de experiências em esportes de alto desempenho, medicina esportiva e doping.
Nanotecnologia
- Memorando de entendimento para criação de um centro de pesquisa Brasil-China para pesquisa em nanotecnologia.
Bambu
- Memorando de entendimento sobre tecnologia do bambu, incluindo a cadeia de produção e diferentes aplicações.
Biocombustíveis
- Memorando de entendimento para promover parcerias para o desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração.
Confúcio
- Acordo entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o ministério que trata da educação superior na China para instalação do Instituto Confúcio.
Educação
- Memorando de entendimento entre a Capes e o China Scholarship Council para intercâmbio de professores, pesquisadores e estudantes em programas de treinamento profissional.
Empresas
- Memorando de entendimento ente a Eletrobrás e a State Grid para desenvolvimento de linhas de transmissão de longa distância;
- Memorando de entendimento entre a empresa ZTE (eletroeletrônica) e a prefeitura de Hortolândia (SP) para a instalação de um polo de produção industrial no setor de telecomunicações, em um investimento de US$ 200 milhões;
- Protocolo entre o governo da Bahia e empresas chinesas para instalação de empresas de processamento de soja em Barreiras;
- Acordo de cooperação entre a Petrobrás e a Sinochem para desenvolvimento de tecnologias de prospecção;
- Acordo de cooperação técnica entre Petrobrás e Sinopec para troca de experiências em pesquisas geológicas;
- Contrato de encomenda/venda de aeronaves entre a Embraer e empresas chinesas de aviação regional.
A China vai anunciar a encomenda de aeronaves da Embraer na visita que a presidente Dilma Rousseff fará ao país asiático. As negociações só continuam para definir o tamanho da encomenda. Depois de muitas queixas do Brasil, a China concordou em fazer um aceno positivo, na tentativa de mostrar disposição em abrir o seu mercado. Mesmo assim, houve muitas idas e vindas nas negociações.
O que está em negociação com a China é a encomenda de 50 aviões do jato de médio porte EMB-190, da Embraer, além de mais 25 do modelo ERJ-145. Na semana passada, no entanto, os chineses indicaram que ainda estavam fazendo cálculos e poderiam reduzir o tamanho do pedido pela metade, por causa da crise. A possibilidade de corte no pedido deixou Dilma muito contrariada.
A novela dos jatos da Embraer se arrasta desde o governo Lula, já que a planta industrial brasileira foi montada na China para fabricação do EMB-145. Mais recentemente, passou a se cogitar a possibilidade de produzir outros modelos.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou interceder em favor da Embraer e, no ano passado, chegou a enviar duas cartas ao governo chinês. Não obteve resposta. No Palácio do Planalto, muitos assessores de Dilma consideram que foi um erro a Embraer ter se instalado na China. Agora, a presidente quer renegociar o acordo e fará pressão nesse sentido. Seu objetivo é conseguir autorização de Pequim para ampliar a fábrica da Embraer no país, a fim de produzir o jato executivo Legacy. (AE)
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Além de assinar cerca de 20 acordos com o Brasil a China vai anunciar encomenda de aviões da Embraer na visita de Dilma


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