Manifestação ocorrida em frente da Liga Árabe
A França retomou, nesta segunda-feira (21), pelo terceiro dia seguido, as operações militares na Líbia contra o regime do ditador Muammar Khadafi. O governo francês informou que seus caças levantaram voo logo de manhã cedo, mas não disse que tipo de ação militar foi planejada. O anúncio foi feito pouco antes de se instalar uma discussão na União Europeia (UE) sobre a legitimidade dos ataques aliados - dos 27 países membros do bloco, Alemanha e Itália são os únicos que se posicionaram contra a intervenção no país africano.
Segundo o ministro dos Exteriores alemão, Guido Westerwelle, uma intervenção militar não era necessária e a própria Liga Árabe não apoiaria as ações tomadas pelos aliados. No último domingo, o secretário-geral da Liga fez um pronunciamento em que se disse insatisfeito com as operações, tendo alegado que são “diferente do objetivo de impor uma zona de exclusão aérea”, o que era, inicialmente, a proposta da Organização das Nações Unidas (ONU), Estados Unidos, UE e da própria Liga.
"Nós decidimos não participar, calculamos os riscos e três dias depois a Liga Árabe já critica a intervenção. Acho que tínhamos razão", afirmou Westerwelle.
"Dissemos que não é preciso nenhuma operação militar", afirmou o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, que pediu relatórios completos do que está se passando no país norte-africano.
As operações militares são encabeçadas por França, Reino Unido e EUA, e já geraram críticas de alguns outros países - além de Itália e Alemanha, a Turquia e a Rússia também se mostraram contra os ataques aéreos. Desde o último sábado, caças desses três países sobrevoam a Líbia e atacam forças aliadas de Khadafi alegando que estão evitando um massacre dos civis líbios.
O embaixador russo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Dmitri Rogozin, afirmou porém que "os ataques contra instalações que não são relacionadas com a aviação saem dos objetivos assinalados e não correspondem com a resolução do Conselho de Segurança".
A Liga Árabe também não acredita que a intervenção na Líbia esteja de acordo com a resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU. "O que acontece na Líbia é diferente do objetivo de impor uma zona de exclusão aérea, o que queremos é proteger os civis e não bombardeá-los", afirmou Moussa.
O governo francês marcou para às 17h30 de segunda uma coletiva de imprensa para detalhar as operações e justificar mais um dia de ações militares. (LH)
segunda-feira, 21 de março de 2011
Operação militar na Líbia se estendem pelo terceiro dia e vários países começam a criticá-la


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