Em manobra ditatorial os burocratas do PMDB tiraram da militância o direito de decisão na Convenção.
Centenas de delegados partidários e milhares de militantes se deslocaram de todos os cantos do estado para votar a favor da candidatura própria, mas não puderam exercer o sagrado direito de escolher o caminho que lhes é de direito, o da não submissão do Partido aos interesses das forças externas a legenda, pois embora tenha sido aprovado o indicativo da candidatura própria o mesmo está subordinado a indecisão do Osmar em ser candidato ou não.
A pressão dos deputados e do candidato a senador pelo PMDB, os que controlam a executiva, mas não expressam a vontade do Partido, sobre o Pessuti foi violenta.
Em uma manobra de última hora promovida pelo “seleto” grupo que organizou a reunião ocorrida no Hotel Paraná Suíte, onde até os pedetistas e os petistas tiveram o “direito” de meter o bedelho, foi decidido qual seria o final na Convenção do PMDB, o que a maioria dos delegados e militantes presentes no evento ocorrido no Estação acreditam que foi uma traição, já que para estes, que tiveram até o direito a voz cerceado, foi um atentado contra a democracia interna.
Muitas vozes se levantaram em repúdio a arbitrariedade cometida por estes “dirigentes”, que a nada representam a não serem os interesses menores de seus grupos políticos econômicos, para os quais o mandato de senador ou deputado estão acima do interesse maior do Partido que é a manutenção do governo nas mãos do PMDB e de seu programa de governo.
Entre as principais defesas em prol da candidatura do Partido se destacou o discurso proferido pelo Hasiel Pereira, no qual firmemente defendeu a tese da candidatura própria, sendo que em seu discurso destacou as contradições existente entre aqueles que para a disputa nacional defendiam a candidatura própria, mas que na Convenção Estadual do PMDB tiveram a atitude oportunista de em causa própria e não partidária defender a coligação com aqueles que, até a pouco, estes mesmos acusavam de tudo.
A irmã do ex-governador, que sempre foi um dos que mais firmemente atacava as políticas neoliberais do PT, como também denunciava as ligações do Osmar com as multinacionais ligadas ao agronegócio, das quais dizia que o mesmo era um mero empregado, “esquecendo” o discurso de até a pouco do irmão, saiu possessa acusando de serem “traidores” todos os que não defendiam a aliança e a subordinação do PMDB ao PT e ao PDT.
Os interesses do mega processado Requião na busca da imunidade parlamentar não podem estar acima dos interesses maiores do Partido, no caso a candidatura própria. O Requião fica apavorado em pensar nos riscos de estar sem mandato, o que com certeza ocorrerá caso o Osmar saia candidato ao senado.
Com certeza a “vitória” destes que buscam um mandato nas proporcionais, ou a preservação destes para os que já os detém, tirou o direito dos convencionais escolherem o caminho da candidatura própria e colocou o Partido a reboque da futura decisão do candidato do PDT, assim ferindo o princípio da autonomia partidária e o poder soberano da Convenção, o que faz o PMDB sair desta humilhado e menor.
Para os peemedebistas o resultado da Convenção, ou melhor, a falta dele, o que era para ser a largada rumo à vitória se tornou um cantinho de um banco de espera na ante-sala dos caprichoso e indeciso Osmar, que espera a decisão a respeito do irmão.
Os irmãos Alvaro e Osmar, expoentes do clã do seu Silvino, possuem o pacto de não sairem candidatos se a candidatura de um atrapalhar o projeto político do outro, pois entre eles as relações familiares estão acima de tudo, mas com certeza isto não é o mais importante para o desenvolvimento dos processos democráticos partidários.
domingo, 27 de junho de 2010
PMDB do Paraná, nau sem rumo
domingo, junho 27, 2010
Molina com muita prosa & muitos versos
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