quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

APP-Sindicato entra na Justiça para impedir que professores do PDE voltem às salas de aula

GP

O secretário estadual de Educação, Altevir Rocha de Andrade, determinou, nesta terça-feira (7), que 4.800 docentes que estão afastados de suas atividades devem voltar à sala de aula. Eles estão participando do projeto de formação continuada Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), mas terão de se apresentar imediatamente aos núcleos regionais de educação que estiverem jurisdicionados, com a disponibilidade a dar aulas. Isto vai ocorrer porque estes professores vão suprir a falta de professores que está afetando o calendário escolar de 2010.

A posição da APP-Sindicato

O Sindicato da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) ingressou com um mandado de segurança para garantir que o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) será mantido e que os professores licenciados não necessitem retornar ao trabalho neste momento. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) solicitou, na terça-feira (7), que os 4,8 mil professores afastados retomem suas atividades escolares.

De acordo com Marlei Fernandes de Carvalho, presidente da APP-Sindicato, a interrupção do PDE causou indignação na categoria. “O PDE prevê a liberação dos professores. Essa interrupção vai causar prejuízo e não vai resolver o problema de falta de docentes”, afirma. Marlei diz que a decisão de entrar na justiça ocorreu depois de uma negativa da Seed em recuar na decisão.

O sindicato está orientando os professores a comparecer apenas na escola onde eles estão lotados originalmente. Segundo Marlei, o sindicato recebeu relatos de uma professora de Maringá, no Noroeste do estado, que estava sendo deslocada para trabalhar em uma cidade vizinha. “O professor não é obrigado a se deslocar para outra escola”, afirma Marlei.

Na avaliação da presidente, a decisão de convocar os professores de volta para as salas de aula é uma medida paliativa que não deve ter um bom resultado. Ela acredita que a solução seja a contratação de novos profissionais. “O estado não precisava ter tomado medidas contraditórias. Este fim de ano letivo muito conturbado cria uma situação generalizada de desconforto entre professores, pais e alunos. Estão todos exaustos”, diz.

Na próxima segunda-feira (13), o sindicato vai organizar uma paralisação em todas as escolas do estado.

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